Após cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão em Londrina, os responsáveis pela operação “Modo Avião”, o delegado da Polícia Federal Vinícius Faria e o delegado da Receita Federal, Reginaldo Cézar Cardozo, falaram com a imprensa sobre a operação que investiga lavagem de dinheiro e sonegação de imposto do grupo criminoso, que movimentou quase R$ 2 bilhões nos últimos dois anos, provenientes da importação irregular de produtos eletrônicos, principalmente smartphones.
De acordo com os delegados, um suspeito foi preso em um condomínio de luxo na zona sul de Londrina e uma pessoa está foragida. Além de 13 lojas no Camelódromo e outros estabelecimentos localizados em shoppings populares e centros comerciais da cidade, a PF e a Receita cumpriram mandados de busca e apreensão em residências na zona sul, norte e leste de Londrina.
Apartamentos foram alvos da operação na Gleba Palhano e condomínios horizontais na zona sul, onde os suspeitos de envolvimento no esquema bilionário ostentavam mansões com carros de luxo na garagem. Um vídeo da operação mostra uma casa de alto padrão com piscina e dois veículos na garagem. Nas residências, os policiais ainda encontraram grandes quantias de dinheiro em espécie e documentos.
De acordo com os delegados, as residências e os veículos não estavam de acordo com as declarações do Imposto de Renda dos investigados. “Era como se uma pessoa declarasse R$ 100 mil de renda e movimentasse R$ 1 milhão por ano”, exemplificou um dos delegados.
Segundo a PF, a base da organização criminosa era Londrina, sendo que a maioria dos mandados foram cumpridos na cidade, mas a operação também esteve presente em municipais do Oeste do Paraná, como Cascavel e Foz, e nos estados de São Paulo e Ceará.