No mês de maio, as atenções se voltam ao combate ao abuso e exploração sexual e comercial de crianças e adolescentes, por meio da campanha Maio Laranja.
Desde o início de 2022, as denúncias de violência no Brasil mais do que dobraram comparado ao começo da pandemia.
Em Londrina, o comparativo ainda não foi finalizado pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes – Nucria, mas de janeiro até agora já foram contabilizadas 207 investigações abertas.
O número é considerado ao alto. A média é de 41 investigações abertas ao mês, semelhante ao que foi registrado no ano passado.
A maioria dos casos é registrada no âmbito familiar e é denunciada de forma tardia. Há outros casos denunciados diretamente à rede de proteção à criança, incluindo as escolas.
Uma das preocupações do Nucria, é que esses casos sejam resolvidos o mais rápido possível, mas faltam recursos humanos. O Núcleo chegou a ficar sem escrivão por um ano e sete meses.
Além disso, grande parte dos servidores também tem que trabalhar na Delegacia do Adolescente, o que pode levar ao acúmulo de procedimentos em aberto e atrasar a resolução dos casos.
“A estrutura é aquém da necessidade. Os investigadores lotados no Nucria acumulam as atribuições da Delegacia do Adolescente, mas são unidades com atribuições distintas. A delegacia apura atos infracionais cometidos por adolescentes e o Nucria é o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes”, afirma o delegado do Nucria, Willian Soares.
É necessário que assim que um adulto perceba que uma criança está passando por algum tipo de abuso, que a leve às autoridades para que seja protegida.