O motorista de aplicativo acusado por uma passageira de ter tentado dopá-la durante uma corrida, procurou a Delegacia nesta terça-feira (7) e contou uma versão diferente da história. No boletim de ocorrência, Laércio Cardoso se defende e alega que tudo não passou de um mal entendido.
O motorista contou que mora em Cornélio Procópio e estava no primeiro dia de trabalho em Londrina. Ele afirmou que na corrida com a jovem, errou o caminho, mas logo em seguida corrigiu a rota. Apesar do equívoco, explicou que não houve nada de anormal. "Eu errei o caminho, me atrapalhei nos aplicativos e ela ficou assustada", disse.
A passageira registrou boletim de ocorrência, expondo que sentiu um cheiro estranho dentro do carro e começou a passar mal. Disse que ficou em estado de desespero, acreditando que o motorista queria dopá-la. Segundo a jovem, ela teria visto na internet denúncias sobre um gás que apagava passageiras e achou que seria vítima do golpe.
O motorista, por sua vez, disse que assim que a jovem começou a gritar, ele encostou o carro e ela saiu correndo. Em relação ao gás, ele afirmou que não sentiu cheiro diferente. "Não coloquei nada. Meu carro roda no GNV, que foi instalado em um posto certificado pelo Inmetro, um dos mais responsáveis por aqui, mas não tinha cheiro nenhum. Acredito que ela foi a terceira ou a quarta passageira, mas nenhum antes sentiu o cheiro e nenhum depois. Eu acredito que ela ficou assustada e começou a ter uma crise", declarou.
O motorista teve sua foto e dados pessoais espalhados nas redes sociais pela passageira, sob a alegação de que ele teria tentado atacá-la. Laércio relatou que só foi perceber que algo estava acontecendo quando chegou em casa. "Meu telefone não parou de tocar. Eu estou vendo as coisas nos grupos o tempo inteiro. Uns contra, outros a favor. Eu sei que mudou tudo. Eu tenho uma filha de 10 anos, uma família, e ela simplesmente jogou tudo na internet e fez o negócio viralizar”, contou.
O delegado de plantão ouviu o motorista e encaminhou o caso à Delegacia da Mulher, que vai investigar o caso. "Ele afirmou tudo isso, mas lógico que agora vai ser objeto de investigação", ressaltou o delegado Roberto Fernandes.