Julio Cesar Azevedo, que se envolveu em um acidente que causou a amputação da perna de um motociclista, na noite de terça-feira (18), em Londrina, se apresentou à Polícia Civil. O depoimento ocorreu via chamada de vídeo, na quinta-feira (20), após conversa com o advogado de defesa do motorista.
Segundo o delegado Edgard Soriani, Julio deu a versão sobre os fatos, negou suposta 'racha', mas preferiu ficar em silêncio quando questionado sobre a rota percorrida antes do acidente.
“Ele alega que permaneceu no local, que ligou para a polícia para comunicar o acidente, só que não quis esclarecer da onde estava vindo. Ele se silenciou sobre isso e é direito dele, ele não é obrigado a falar. Mas ficou nítido que ele estava omitindo informações”, contou o delegado.
Ainda na oitiva, o motorista afirmou que foi o motociclista que causou a batida, mas conforme o delegado, essa versão não bate com os depoimentos das três testemunhas ouvidas e dos policiais que prestaram atendimento à ocorrência.
“Os policias informaram que a colisão foi traseira. A moto foi arrastada cerca de 30 metros do ponto de impacto. O carro só parou a mais de 200 metros, isso mostra a velocidade excessiva que ele estava. Todas as três testemunhas ouvidas disseram que o veículo estava em alta velocidade e que existia um outro carro branco e que eles estariam em competição de velocidade”, relatou Soriani.
A polícia agora busca câmeras de segurança que possam ajudar a delinear o caminho percorrido por Julio com a expectativa de avançar nas investigações. As imagens poderão ajudar na identificação do segundo condutor envolvido na possível racha. Além disso, aguarda também a conclusão do laudo do Instituto de Criminalística para mais detalhes de como se deu a colisão.
“Fica o testemunho dele, que é raso, e das testemunhas. Esses meios de prova vão ao final do procedimento apontar se ele vai responder por racha, lesão corporal, acidente de trânsito ou tentativa de homicídio”, compleotu o delegado.
O acidente aconteceu dentro da área urbana da cidade, onde o limite de velocidade é 70 km/h. Julio vai responder em liberdade às investigações.
