A Polícia está investigando e buscando informações para encontrar o paradeiro do assassino de Lígia Fernanda da Silva, morta com cinco tiros ontem dentro da Paróquia São Luiz Gonzaga, na zona leste de Londrina.
Mais de 24 horas depois do crime brutal, a igreja está em clima de luto. Lucelene Silva trabalha há quatro anos do outro lado da rua em um salão de beleza e ressaltou que a tristeza tomou conta de todos.
“O clima está muito estranho. As clientes chegam e comentam sobre o acontecido. É uma situação muito triste e comovente”, comenta.
Ligia Fernanda da Silva estava trabalhando como zeladora na igreja há poucos dias e foi brutalmente assassinada a tiros dentro do refeitório na hora do almoço de terça-feira. O principal suspeito do crime é o ex-marido da vítima. Ela já tinha procurado a polícia após ser ameaçada.
“Existe recentemente um boletim de ocorrência por violência doméstica e ameaça. O ex-marido já estava preso por homicídio qualificado e quando estava preso, segundo informações que obtivemos ele vinha a ameaçando”, afirma o tenente-coronel Nelson Villa.
No portão da paróquia está o aviso para os fiéis sobre a mudança de dia do mutirão de confissões. A secretaria paroquial vai retomar as atividades somente na sexta. Por meio de nota, o arcebispo de Londrina Dom Geraldo Steinmetz, lamentou o que aconteceu e se solidarizou com a família de Ligia. Ainda ressaltou que estão colaborando com as investigações. Segundo testemunhas, o homem que atirou teria pulado o muro e fugiu em uma fiat Toro. Ele não foi mais encontrado.
“Todo mundo está bastante chateado e abalado. Minha filha faz catequese e está com medo”, afirma Nadir Makuch que argumenta ainda que falta segurança no bairro.
Os investigadores da Delegacia de Homicídios já conversaram com alguns vizinhos e buscam por imagens de câmeras de segurança da região para entender como foi a fuga do assassino. Quem mora no bairro, ainda não consegue acreditar no que aconteceu.
“Foi bem surpreendente porque aqui costuma ser tranquilo e quando se trata de igreja, todo mundo está comovido porque é um lugar onde a gente espera encontrar a paz”, comenta Lucelene.