A Polícia Civil (PC) identificou o casal suspeito de abandonar um feto, na lixeira de um condomínio, na zona sul de Londrina, na última passada.
Duas ordens judiciais de busca e apreensão foram cumpridas pela Delegacia de Homicídios, nesta quinta-feira (06), sendo uma delas no condomínio residencial, onde o feto foi encontrado dentro de uma lixeira.
O objetivo da PC era de encontrar elementos que confirmassem a intenção do casal de praticar um aborto.
O casal ainda não prestou depoimento.
Além disso, outras pessoas serão ouvidas pela PC. O laudo da Polícia Científica ainda não ficou pronto.
“Nós ouviremos mais pessoas, como os funcionários do condomínio” esclarece João Reis, delegado responsável pela Delegacia de Homicídios de Londrina.
Dentro do caso, a PC já descartou o crime de homicídio. Os esforços se concentram, agora, em apurar se o aborto foi espontâneo ou se foi provocado.
De acordo com João Reis “o que chama atenção é que se fosse um aborto espontâneo, pra que jogar a criança na lixeira? Seria mais óbvio e salutar chamar o Samu ou o SIATE, ou procurar uma unidade hospitalar, e não jogar na lixeira todo embalado como foi feito”.
Segundo João “havia, nitidamente, a intenção de ocultar aquele feto”.
Para o delegado, até o momento, as buscas cumpridas pela PC preenchem as necessidades do inquérito e é prematuro falar, por exemplo, em pedidos de prisão.
“Neste momento as buscas são suficientes. Vale lembrar que em toda investigação a prisão é exceção. A regra é que a pessoa responda o inquérito policial ou a ação penal em liberdade. É assim que a Constituição da República Federativa do Brasil preconiza” finaliza João Reis.
