Em uma ação nesta quarta-feira (16), o Gaeco cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em casas de suspeitos de participação em um esquema de associação para o tráfico, tráfico ilícito de entorpecentes, corrupção ativa, corrupção passiva e ingresso de aparelhos celulares no interior da Casa de Custódia de Londrina.
Durante as ações, foram encontrados cerca de R$ 10 mil, celulares e anotações, e também foram aprendidas cartas da unidade 1 da Penitenciária Estadual de Londrina e Casa de Custódia.
Não foi possível cumprir um dos mandados de prisão em Faxinal. Uma mulher segue foragida. Outras três pessoas suspeitas de integrarem o grupo foram presas em Apucarana, Arapongas e Jacarezinho.
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Além disso, também havia seis mandados de prisão preventiva na PEL e CCL, entre eles, contra um agente detido em dezembro por porte ilegal de arma.
Na época, em buscas na casa dele, foram apreendidos documentos e dinheiro falsos e munição ilegal. Ele já era investigado por facilitar a entrada de aparelhos de celular e drogas na cadeia.
Segundo o Gaeco, essa investigação começou a partir da apreensão de celulares durante as revistas de rotina na CCL. Foi possível levantar que, pelo menos desde setembro do ano passado, aparelhos e drogas davam entrada através de um dos agentes e com a participação de mulheres e irmãs de presos. Mesmo do lado de fora, elas ajudavam a alimentar um comércio clandestino dentro da cadeia.
Segundo as investigações, o agente recebia R$ 1 mil a cada 100 gramas de maconha que levasse aos presos, R$ 4 mil por celular e R$ 300 por pacote de fumo.
A investigação continua e os promotores querem saber se havia a participação de outros funcionários no esquema ou se algum outro agente assumiu o papel de facilitador.