A quadrilha suspeita de roubar fios de cobre da Copel em Londrina seria ligada ao "novo cangaço", segundo apontam investigações da Polícia Civil. O termo é utilizado para designar grupos que praticam crimes elaborados. O delegado chefe da PC deu detalhes sobre a operação Sandes, deflagrada nesta quarta-feira (8), que prendeu três suspeitos da associação criminosa.
Devido à complexidade das invasões, a polícia acredita que pelo menos 10 pessoas estejam empregadas na logística dos crimes. "Não são só os que aparecem no evento criminoso. Tem aquele que fica fora olhando, tem aquele que deu a informação, tem o receptador", disse o delegado da 10ª Subdivisão Policial, Amarantino Ribeiro.
De acordo com a polícia, os três homens presos na manhã desta quarta-feira seriam os chefes da quadrilha, considerada de alta periculosidade. Todos tinham passagens pela polícia, dois portavam tornozeleira eletrônica e um já possuía seis condenações.
“Era um objetivo da Polícia Civil por fim nessa modalidade criminosa. Porque chamou a atenção que no dia 5 de fevereiro entraram no depósito da Copel e subtraíram uma grande quantidade de materiais com grande armamento. 45 dias depois, eles voltaram ao mesmo local, desta vez com três caminhões, inclusive um bitrem, usando do mesmo modus operandi", declarou Ribeiro.
Essa foi a primeira de três fases da operação. A polícia agora quer descobrir quem seriam as pessoas que saíram da empresa de energia dirigindo os caminhões carregados com o material subtraído e também os possíveis receptadores. Aproximadamente R$ 1 milhão em material foi roubado pelos criminosos.
A operação foi batizada de "Sandes" porque faz alusão ao nome do cabo da Polícia Militar que matou um lampião em Alagoas na década de 30.