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"Queremos a reprodução simulada dos fatos", diz defesa de Ricardo Seidi

11 ago 2022 às 14:06
Por: Portal Tarobá

O advogado de defesa de Ricardo Seidi, pai de Eduarda Shigematsu, que foi encontrada morta em 2019, em Rolândia, disse que quer a reprodução simulada dos fatos. Na manhã desta quinta-feira (11), novas perícias foram realizadas nas casas de Seidi e da avó da menina a pedido da defesa.


“Queremos a reprodução simulada, que seja esclarecida a ordem cronológica e como foi a dinâmica dos fatos. Até hoje, o que foi apurado foi a versão do Ministério Público. Não foi possível apresentar a versão da defesa no processo. Novos pedidos serão feitos e se necessário for, levaremos o caso até o Tribunal de Justiça", afirmou o advogado Roberto Ekini.


Seidi, que é acusado de matar Eduarda estrangulada, segue preso e teve o júri popular adiado em maio após o pedido de novas perícias. A avó, Terezinha de Jesus Guinaia, também é suspeita de envolvimento no crime, mas responde em liberdade.


Na época da solicitação, a Justiça não concedeu permissão para a reprodução simulada porque a perícia entendeu que não havia necessidade.

 

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A tese da defesa é que a menina se suicidou e que o pai, diante do desespero de tê-la encontrado morta, enterrou o corpo da menina. “Ele não nega de forma alguma a ocultação do cadáver, mas agora a gente precisa chegar mais próximo da verdade real. É o que a gente busca na realização do Tribunal do Júri”, disse Ekini.

 

O advogado de acusação também acompanhou o trabalho da perícia na manhã desta quinta-feira. Para Marcos Prochet, a expectativa é que a Justiça acelere o processo e marque o julgamento até o final deste ano.

 

“Já havia sido feito todos os exames e perícias e inclusive o exame do IML descartou qualquer suicídio. Já se passaram três anos dos fatos. Obviamente os locais já foram alterados, mas a defesa requereu e é um direito deles. Ao ver da acusação, o pedido não teve qualquer relevância no processo”, apontou Prochet.

 

Os trabalhos da perícia foram encerrados ainda pela manhã em ambas as residências. O resultado deve ser apresentado em até 45 dias. “Estivemos nos dois locais conforme determinação judicial e fizemos os exames pertinentes, que tecnicamente podem apresentar alguma resposta dentro dos autos. Agora, para elaborar o laudo, temos que ler diversas peças do processo, que é bastante extenso. O objetivo é sempre tentar responder tecnicamente todos os quesitos. O trabalho pericial é voltado a realização de provas científicas”, explicou o chefe da Criminalística, Luciano Bucharles.

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