O homem, de 32 anos, que esfaqueou e provocou a morte do morador de Apucarana, Everton Henrique Machado, de 34 anos foi preso nesta quarta-feira (09). A Polícia Civil confirmou que o suspeito se apresentou na delegacia, acompanhado de seu advogado.
De acordo com a polícia, a Justiça expediu mandado de prisão contra o homem na terça-feira (8). O suspeito foi ouvido pelo delegado no último dia 2/3 a contou que agiu por impulso ao esfaquear Everton. Ambos estavam em uma festa no Núcleo Michel Soni. O crime aconteceu no dia 26/2.
O depoimento prestado pelo autor das facadas, conforme o delegado, está muito próximo do que teria sido relatado à polícia por uma série de pessoas já ouvidas no inquérito policial, instaurado para apurar o homicídio qualificado. “A Polícia Civil tomou conhecimento do caso no mesmo dia, em 26 de fevereiro. Foi ao local e lá já possível coletar uma série de informações sobre a autoria. No mesmo dia, pessoas vieram a delegacia, foram ouvidas como testemunhas e isso já havia permitido identificar o autor”, disse o delegado.
O delegado explica que o autor das facadas teria esclarecido as circunstâncias da ocorrência, apresentando sua versão dos fatos. Porém, o caso continua tratado como homicídio qualificado, por motivo fútil e, pela forma como se deu, não foi dada a mínima chance de defesa para a vítima, atingida pelas costas.
O autor das facadas disse que estava na churrasqueira, se armou da faca e desferiu os golpes que mataram Everton Machado. Conforme o relato, Everton e a namorada estariam numa discussão. A namorada do autor teria tentado intervir para auxiliar a outra jovem, no momento em que Everton segurava a namorada dele pela mão, tentando leva-la dali. Nesse momento, a jovem que estava com o autor das facadas, teria segurado Everton pelo braço, quando ele reagiu, desvencilhou-se dela com um empurrão e teria iniciado a discussão. Nesse momento, sem pensar, o autor teria reagido desferindo as facadas contra Everton.
“O autor disse que ficou irritado, disse que teria desconfiado que a vítima pudesse estar armada e desferiu os golpes. Parece uma situação de impulso. Mas o crime é grave e a motivação é fútil. A forma como ele praticou os golpes, pelas costas, também qualifica o crime porque ele não deu qualquer chance de defesa à vítima”, explicou o delegado.