A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná determinou que o ex-síndico, preso na semana passada por desviar R$700 mil reais do condomínio para o qual trabalhava, seja colocado em liberdade.
O ex-síndico foi preso na quarta-feira (11) em Itapetininga, no Estado de São Paulo. Ele confessou ao delegado que desviou o dinheiro do condomínio para utilizar em criptomoedas e disse que o corretor responsável pelas aplicações teria sumido com o dinheiro. Toda a operação foi realizada sem o consentimento dos moradores. Os crimes ocorreram em 2016 e 2017.
O advogado que defende o ex-síndico entrou com um recurso no Tribunal de Justiça do Paraná e o relator, Mario Nini Azzolini, concedeu a liminar.
Na decisão o relator afirma que “os crimes não foram praticados com violência e grave ameaça, e, considerando-se a situação de pandemia vivenciada, que acentua a excepcionalidade das prisões preventivas, e a suficiência das demais medidas cautelares para o fim de se garantir a aplicação da lei penal, a segregação se mostra desproporcional e caracteriza constrangimento injusto à liberdade de locomoção do paciente”.
O relator ressalta ainda que o ex-síndico não possui qualquer histórico criminal e que a conduta praticada “não é capaz de indicar periculosidade exacerbada do paciente” e que “atualmente não se evidencia que, solto, o indiciado possa continuar com a prática delitiva em face do condomínio”, que foi cessada com a eleição de nova síndica.
Foi expedido o alvará de soltura e o juiz, Délio Miranda fixou, como medida cautelar, o uso de tornozeleira eletrônica ao réu,
O Portal Tarobá News tentou, mas não conseguiu contato com o advogado do ex-síndico.