Eloá, uma mulher transexual de Belém do Pará, foi presa em Arapongas, em unidade masculina, e teve o cabelo raspado. O caso ganhou repercussão nas redes sociais e foi compartilhado pela ativista dos direitos LGBTI+ Renata Borges.
A ativista, inclusive, arrecadou produtos de higiene pessoal e roupas para entregar à Eloá e foi ao Ministério Público protocolar uma ação diante do que trata como crueldade.
"O que quero salientar é que a Eloá tem que cumprir sua pena com o mínimo de dignidade, cabe a justiça aplicar a lei", cita.
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais - Antra se pronunciou sobre a situação que considera inaceitável e desumana. A entidade também irá recorrer à justiça e espera que ações possam responsabilizar aqueles que violaram o direito da transexual.
Questionado pelo portal de notícias Rede Lume, o Departamento de Polícia Penal do Paraná afirma que determinou a abertura de um procedimento administrativo para apurar o tratamento dado a Eloa dentro do sistema.
Segundo a assessoria do departamento, Eloa deve ser transferida para uma unidade de referência no atendimento “à população gay, travesti e transexual em privação de liberdade”, localizada em Rio Branco do Sul, região metropolitana de Curitiba.