O presidente da Câmara tenta dar um basta nas confusões e barracos promovidos pelos deputados. Hugo Motta proibiu o uso de cartazes e panfletos e atualizou as regras sobre as roupas dos parlamentares. Ele entende que as provocações estão indo longe demais.
A gota d’água foi a confusão da semana passada. Deputados da situação e da oposição discutiram aos gritos e por meio de cartazes. A sessão teve de ser suspensa para conter a briga no plenário.
Barracos que se repetiram com frequência nos últimos anos. Deputados usam das provocações e do bate-boca para se promover com eleitores nas redes sociais.
Hugo Motta publicou dois atos para conter os ânimos dos parlamentares. Um deles proíbe o porte de cartazes, banners, panfletos no plenário da casa e das comissões.
Na prática, o deputado pode até carregar cartazes pra lá e pra cá nos corredores da Câmara, mas quando chegar na porta de uma comissão ou na entrada do plenário, vai ter que deixar o material com alguém ou será barrado.
O texto não especifica o uso de bonés, que também foi motivo de embate.
A "guerra dos bonés" aconteceu logo depois da eleição para a presidência da Câmara. Os deputados da base usaram um boné azul com a mensagem "o Brasil é dos brasileiros". O da oposição levava a frase "comida barata novamente" nas cores verde e amarela.
A segunda determinação de Motta foi sobre "traje completo" no plenário e nas comissões. No caso de homens, é obrigatório o uso de terno e gravata sem a possibilidade de camisetas com mensagens.