O preço alto do combustível e o tabelamento do frete. Esses são assuntos que pautam uma possível paralisação dos caminhoneiros para o próximo mês. Uma assembleia entre as associações que representam a categoria aprovou o indicativo de greve no último sábado (16).
O indicativo foi aprovado para 1º de novembro em assembleia no Rio de Janeiro e teve a participação de membros da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística, do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas e da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores, além de deputados da frente parlamentar que representa a categoria.
Nas estradas, as opiniões estão divididas. Alguns caminhoneiros olham a paralisação com descrédito.
O diálogo com o governo federal será intermediado pela frente parlamentar que representa os caminhoneiros.
Entre as reivindicações, melhores condições de trabalho e mudanças na política do preço dos combustíveis. Desde o início do ano, a Petrobrás promoveu 12 reajustes do preço do diesel. O preço já acumula uma alta de 28% em 2021.
No final de setembro, a estatal anunciou a elevação de 8,89% no valor do combustível revendido às distribuidoras. Passou de R$ 2,81 para R$ 3,06. R$ 0,25 centavos a mais.
Nas bombas, o litro do diesel já está próximo dos R$ 5.
Entre os caminhoneiros, uma coisa é consenso: está cada vez mais difícil rodar pelas estradas do Brasil. O que se ganha não cobre as despesas que estão cada vez mais caras.
O tabelamento do frete também está na pauta do movimento. Foi reivindicação da greve dos caminhoneiros de 2018.
No final do mês passado, entidades ligadas à categoria solicitaram ao STF um encontro com poder o judiciário para debater o tema e convencer a Suprema Corte sobre a constitucionalidade do tabelamento do frete.