Um dos grandes gargalos da mobilidade urbana, os custos do transporte coletivo para o usuário e para o Poder Público foram tema de uma audiência pública realizada nesta segunda-feira (11) pela Assembleia Legislativa do Paraná. No centro da discussão está o projeto de lei estadual 781/2019, que trata da concessão de subsídios aos serviços de transporte público coletivo de passageiros no Estado do Paraná. Assinada por diversos parlamentares, a proposta visa garantir o transporte público como um direito social, conforme determina a Constituição Federal e a Lei nº 12.587/2012, que estabelece a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU).
A audiência pública “Subsídio Estadual para o Transporte Público em Todas as Regiões do Paraná”, proposta pelo deputado Goura (PDT), reuniu parlamentares, especialista no tema, além de representantes de secretarias de transporte dos principais municípios do Paraná. Eles discutiram pontos do projeto de lei 781/2019, que regulamenta a concessão do subsídio ao transporte público coletivo e pretende torná-la acessível às outras regiões do Estado. A matéria é assinada pelos deputados Goura, Evandro Araujo (PSD), Mabel Canto (PSDB), Marcio Pacheco (Republicanos), Tercílio Turini (PSD), Arilson Chiorato (PT), Professor Lemos (PT) e Requião Filho (PT).
O deputado Tercílio Turini conversou com o Grupo Tarobá sobre o assunto. Veja o vídeo!
O diretor de Transporte Público da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina, Wilson Jesus, criticou o índice IPK, que equivale ao número médio de passageiros embarcados por quilômetro rodado nas linhas do transporte público. “O IPK não se adequa mais à realidade. Quando se diminuiu o número de passageiros, aumenta a conta para as pessoas pagarem. Se tenho um número menor de pessoas, temos uma conta maior. Temos que entender que o transporte é um direito, não é mais alternativa. É dever. Precisamos que o poder público arque com esse custo. O usuário não consegue mais arcar com isso sozinho. Enquanto se debate, as pessoas estão sem condições de se locomover. Elas precisam do transporte para chegar a outros serviços. Como uma pessoa vai para a escola se não tem como pagar o transporte?”, indagou.