O major da Polícia Militar, Walter João Marques Luiz, que se envolveu em um acidente de trânsito no dia 26 de junho, fez um acordo com o motociclista nesta sexta-feira (9). O valor acordado foi de R$ 1 mil reais e o Ministério Público ainda pode denunciá-lo por embriaguez e omissão de socorro.
Segundo o advogado do motociclista, André Marques, o valor foi condizente aos gastos obtidos. A vítima trabalha como entregador de pizza e utilizou dinheiro para arrumar a moto e voltar a trabalhar. “Para não delongar demais a situação, decidiu-se realizar o acordo. Quem vai determinar a questão da embriaguez é o Ministério Público. A partir do encerramento do caderno investigativo pelo delegado será encerrado o inquérito e será levado ao crivo do MP para eventual oferecimento de denúncia ou não”, explica.
O Major Walter João Marques Luiz deixou a prisão na madrugada do dia 30 junho mediante pagamento de fiança de R$5 mil reais. Ele diz que a culpa seria do motociclista, alegando que a colisão foi na traseira do veículo. Já o motociclista alega que a colisão foi na lateral e a culpa é do policial. A investigação ainda não tem essa definição.
Entenda o caso
Walter estava de caminhonete e após a batida teria deixado o local, mas foi localizado em seguida por uma equipe da GM na Rua Waldomiro Fernandes a quase um quilômetro do ponto onde ocorreu o acidente, na avenida Arthur Thomas. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, ele apresentava sinais de embriaguez e “foi oferecido etilômetro, porém o mesmo se negou a fazer o teste”.
Algumas horas depois do acidente, o boletim informa que foi realizado o teste do etilômetro no policial pela equipe da Companhia de Trânsito da Polícia Militar, mas “pelo falto do mesmo ter soprado de forma parcial, obteve-se resultado parcial de embriaguez.”
O teste foi então ofertado mais uma vez, e segundo a boletim, novamente “o mesmo o fez de forma errônea, sem resultado, sendo que foi ofertado terceira tentativa, tendo ele se negado.”