Afastados por determinação judicial, os vereadores Dudu Barbosa e Valdomiro Bozó continuam fora da Câmara Municipal de Toledo. A sessão desta segunda-feira (11) aconteceu com as cadeiras vazias dos parlamentares, que permanecem afastados por pelo menos 180 dias enquanto o processo criminal segue em tramitação.
De acordo com o Ministério Público do Paraná, a investigação apura suposto pagamento de propina para aprovação de um projeto de lei. A reunião decisiva teria ocorrido em 31 de outubro de 2024, na Câmara de Toledo, envolvendo os vereadores e um representante de empresa do setor de energia renovável que buscava autorização para construção de uma central hidrelétrica no Rio São Francisco.
Durante o encontro, os vereadores teriam recolhido os celulares dos presentes, demonstrando preocupação com eventuais investigações da Polícia Federal.
O afastamento dos parlamentares, além de marcar a instabilidade política no município, também envolve questões administrativas. A Câmara solicitou ao Ministério Público orientações sobre o pagamento dos salários e o acesso dos vereadores ao prédio. O MP pediu a suspensão dos subsídios durante o afastamento, alegando que o pagamento só é justificado pelo trabalho efetivamente realizado, e recomendou que os vereadores sejam proibidos de entrar na Casa Legislativa.
O presidente da Câmara afirmou que aguarda os documentos oficiais para tomar as providências cabíveis.