Toda relação exige investimento — o que quase ninguém fala é sobre o custo real disso. Com as despesas essenciais nas alturas — transporte, combustível, comida, aluguel, conta de luz, internet — o lazer simplesmente deixou de caber no orçamento.
Hoje, quem se arrisca a sair de casa já sai devendo: passagem de transporte público ou carro de aplicativo, ingresso do evento, uma cerveja ou um petisco no bar. Um cinema com jantar para dois pode facilmente ultrapassar os R$ 200. O programa pode até ser gratuito, mas chegar até ele tem um preço. E mesmo ficando em casa, o delivery não é tão barato assim. No Vitrine Revista de hoje, a psicóloga Cristina Okamoto explica como enfrentar o dilema do "ghosting econômico".
Um levantamento realizado em 2022 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que um em cada quatro brasileiros (25%) não consegue quitar todas as dívidas no fim do mês. Com o orçamento apertado, mais da metade da população reduziu os gastos com lazer.
É nesse cenário que surge o “ghosting econômico”: quando alguém desaparece, não por desinteresse, mas por falta de grana. E ainda há a pressão machista: muitos homens se sentem obrigados a bancar o date para mostrar que são um "bom partido". Mas talvez essa conversa seja justamente o que pode salvar os encontros.
Falar de dinheiro também é afeto. Propor um programa mais barato, entender o momento do outro, oferecer ajuda a um amigo "quebrado" — isso tudo é uma forma de cuidado. Porque não dá pra falar de saúde mental, nem de amor, sem falar de renda.
Assista ao vídeo e saiba mais sobre o fenômeno do ghosting econômico!