De acordo com o subtenente Bordin, não está descartada a possibilidade de se encontrar os desaparecidos com vida. Ele ressalta que "a nossa guarnição e a da Marinha, estão com embracações dentro da água, fazendo vistorias em toda a represa, onde possa ter ocorrido o afundamento da embarcação".
Bordin comenta, também, que buscas estão sendo feitas por terra: "viaturas da Polícia Ambiental e da Polícia Militar (PM) estão percorrendo toda a área, perguntando, nas propriedades agrícolas, se há alguma informação que possa nos levar até essas vítimas".
De acordo com o subtenente, a maior dificuldade é a grande extensão da represa e as mudanças do tempo.
"Como a área aqui é grande e de vez em quando venta, o deslocamento tem que ser mais restrito, com segurança, mas, ainda assim, estamos conseguindo acessar todos os locais. Há um drone, da PM, com bastante precisão, que está nos ajudando muito, fotografando a área, e analisando cada quadrante, ver se encontra alguma coisa".
Sobre informações das pessoas desaparecidas, se usavam coletes salva-vidas ou não, Bordin relata que mesmo as três pessoas que conseguiram se salvar, não conseguem precisar, ao certo, como cada um procedeu no momento em que o acidente aconteceu:
"A informação ainda não é precisa, porque o momento foi muito tenso e não conseguimos saber corretamente".
Sobre o momento em que os passageiros da embarcação foram surpreendidos pelos fortes ventos, Bordin relata que eles estavam deixando a pescaria, para ir almoçar: "um familiar informa que eles estavam pescando e foram chamados para almoçar. A ligação foi recebida por uma das vítimas que ainda não foi encontrada. Eles foram pro almoço no momento em que passou esse vento forte".
Bordin relata que, segundo informações da Marinha de Primeiro de Maio, na hora do vendaval, a velocidade dos ventos ultrapassou os 40 km/h.
Os trabalhos de busca, que entraram no quarto dia, nesta segunda-feira (06), seguem com apoio de voluntários, vizinhos e parentes.