Com a greve dos caminhoneiros, muitos produtores de leite interromperam a captação de leite e como não conseguiram escoar parte da produção tiveram que descartar na rodovia a mercadoria. Diante desse cenário, o viés de alta ficou garantido ao produtor, que poucos vão conseguir recuperar parte dos prejuízos.
O zootecnista da Scot Consultoria, Rafael Ribeiro de Lima, destaca que é o quarto mês de alta ao produtor, no pagamento de maio referente à entrega de abril, sendo que os reajustes variaram entre 1,0% a 6,0% dependendo da região e se comparado ao pagamento do mês anterior.
Ainda segundo o levantamento da consultoria, houve uma queda na captação de leite referente ao mês de abril em torno de 2,8%, já no parcial de maio a queda ficou próxima de 2,2% com a paralisação. “A nossa pesquisa tem inicio a partir do dia 15 de cada mês, então pegamos parte do período sem greve e no dia 21 de maio observamos algumas indústrias com a produção parada”, ressalta.
Com a paralisação dos caminhoneiros, a curva de lactação das vacas também ficou afetada em função da redução da ração que não chegava até a propriedade para alimentar esses animais. Entretanto, outros fatores interferiram na produção de leite como as questões climáticas adversas e o aumento nos custos de produção.
Ainda de acordo com o zootecnista, a entressafra vai continuar prejudicando a produção nas regiões centrais e sudeste do país. Enquanto do sul do Brasil, as pastagens de inverno vão ser retomadas com a chegada das chuvas que vai contribuir para a captação de leite. “De maneira geral, o mercado deve seguir firme para o pagamento de junho e 88% dos laticínios falam de alta de 11% em manutenção e 1,0% estima a queda nos preços do leite ao produtor”, finaliza.
fonte do Texto: Noticias Agrícolas