É o sonho dos criadores de animais, especialmente dos suinocultores e logo mais dos pecuaristas. Ter animais no rebanho que não são suscetíveis a uma das doenças mais temidas, a Febre Aftosa. O sequenciamento do genoma bovino em meados de 2009 abriu um grande leque de possibilidades para as técnicas de produção de proteína animal. Os avanços nos estudos nessa área permitiram o desenvolvimento de uma técnica chamada de “edição gênica”, que permite a retirada ou adição de determinada particularidade de um animal ou raça a qualquer outro indivíduo do mesmo tipo. Para isso, basta extrair a fração de DNA correspondente à característica desejada e adicioná-la ao material genético de outro animal durante o período embrionário.
Depois dessa evolução, chegou a hora dos suínos castrados geneticamente por meio da adição do gene correspondente à puberdade tardia. Os órgãos reprodutores desses animais crescem de maneira bem mais lenta do que os demais, sendo possível engordá-los e abatê-los antes que os hormônios se desenvolvam.
Atualmente, a mesma empresa está desenvolvendo pesquisas para que seja possível produzir animais imunes à febre aftosa. Nesse caso, os animais portarão o gene que evita que o vírus entre no organismo. As pesquisas estão avançadas e devemos ter resultados concretos até o próximo ano. Embora inicialmente o foco seja nos suínos, o geneticista adiantou que já foram iniciadas as pesquisas em bovinos. A empresa acredita que conseguirá produzir os primeiros animais livres de aftosa em no máximo cinco anos.