As últimas projeções da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontam uma queda na segunda safra de milho do Brasil em 2018 - reflexo de uma conjunção de fatores - e já são esperadas reações entre os preços do cereal. No entanto, essas são reações que podem demorar ainda a chegar, dada a oferta confortável pela qual passa o país, ao menos por enquanto.
Com o atraso do início do plantio da soja em função da demora na chegada das chuvas em importantes regiões produtoras Brasil como o Paraná, os produtores pretendem investir menos na cultura, dada a janela mais estreita para os trabalhos de campo. Os investimentos são altos e os resultados poderão ficar prejudicados.
Os dados mostram que a segunda safra deverá ser de algo próximo a 67.107,9 milhões de toneladas 2016/17, contra 67.355,1 milhões de toneladas 2017/18. Essa baixa, porém, pode ser mais expressiva caso os problemas, principalmente climáticos, continuem a ser registrado nos campos, bem como as preocupações dos produtores.
No Paraná muitas regiões produtoras do estado estão com um atraso no plantio e no desenvolvimento da soja, com a janela para a semeadura da safrinha também ajustada.
Impactos no Mercado
Com a confirmação desse quadro, o mercado brasileiro de milho pode chegar a um momento de oferta mais ajustada e, portanto, cotações melhores. No entanto, como explica o consultor Vlamir Brandalizze, o Brasil ainda vira o ano com uma quantidade de produto que limita essa reação dos preços e um movimento de mudança deverá ser observado apenas em meados de abril e maio de 2018.