É triste ver a soja morrer ainda verde, em plena fase de maturação, mas é o que tem ocorrido em muitas propriedades rurais do oeste do Paraná. O problema é mais grave em municípios como Palotina, Terra Roxa, Assis Chateaubriand, Guaíra e Nova Santa Rosa. A chuva tem sido isolada e em algumas áreas não cai uma gota de água a quase 30 dias. Em Palotina, na segunda feira (17), teve produtor que colheu soja quando a previsão de entrar com a colheitadeira em uma safra normal seria na segunda semana de janeiro. São variedades de ciclo precoce e que se formaram mais cedo. A produtividade dessas primeiras lavouras é em torno de 110 sacas por alqueire, o que ainda é considerado bom. Já para quem plantou variedades de ciclos mais longos, a situação está ainda mais crítica. Ao mesmo tempo que as plantas demoraram mais para sentir a seca, agora estão morrendo sem formar o grão por completo o que pode aumentar ainda mais o prejuízo dos produtores rurais que já falam em acionar o seguro em caso de lavouras financiadas. A produtividade deve cair para menos da metade do esperado para uma safra normal.

Sol que queima

As temperaturas tão altas nos últimos dias e a umidade relativa do ar tão baixa é que agrava o problema. As plantas praticamente queimaram na lavora pelo excesso de calor. As folhas estão verdes porém secas que se esfarelam. Produtores relatam que em décadas de agricultura, nunca viram situação parecida.

Previsão pouco animadora

E as previsões para os próximos dia não são nada animadoras. Segundo o Simepar, sistema meteorológico do Paraná, a instabilidade no estado pelo menos até domingo com chuvas esparsas e bem localizadas.