Muita gente (pelas redes sociais, obviamente), lamentou e ficou impressionada com o baixo número de torcedores na última vez que o Londrina jogou em casa. No último domingo, contra o Foz do Iguaçu, o público pagante no Estádio do Café foi de 414 pagantes. No total, foram 499 pessoas. E olha só! O LEC vinha de boa vitória fora de casa, sobre o Botafogo (PB), pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. O otimismo era grande, mas o tempo estava para chuva. Choveu! Mesmo assim, ninguém entendeu o baixo número!
Dias antes, o Londrina Unicesumar Basketball disputou duas partidas no Ginásio Moringão pela Liga Ouro, a divisão de acesso ao Novo Basquete Brasil. No dia 12 de março, 522 torcedores acompanharam a derrota para o Unifacisa (PB). Número maior do que no futebol. Após dois dias, o time se reabilitou. Venceu o Cerrado (DF) com a presença de 471 torcedores.
A análise parece desproporcional se olharmos a estrutura de cada projeto e o espaço que o futebol tem (muuuuito) a mais em todos os veículos de comunicação. Mesmo assim, em um dos jogos, o Tubarão das quadras levou mais pessoas ao evento do que o LEC no último fim de semana. Estaria o público londrinense voltando a despertar o espírito basqueteiro, da época em que o Moringão lotava para ver jogos contra times do Oscar Schimidt, entre outros? Ou a turma enjoou do Tubarão? Seria uma torcida mal acostumada, que agora só vai em peso em jogos de títulos e acessos?
No basquete, O Londrina vai bem e é líder isolado da fase de classificação. No futebol, o LEC vai bem também, mesmo com um elenco que, de acordo com a própria diretoria de futebol, é um grupo de trabalho com nível do Campeonato Paranaense, no sentido desqualificatório das palavras. Os titulares de 2018 foram emprestados para o Grêmio Novorizontino (SP), para disputa do Paulistão.
Penso que, nas duas modalidades, o mais justo seria um público bem maior no Moringão e no Estádio do Café. No futebol, a diretoria atendeu a todos os pedidos dos torcedores nos anos anteriores. São vários planos para ser sócio-torcedor e com valores atraentes. No basquete também existe programa de sócio-torcedor e, ainda assim, os ingressos estão com preços populares: entrada inteira a dez reais e meia entrada a cinco reais.
Um projeto de esporte profissional de sucesso se faz com várias vertentes para captação de renda. Uma delas, e muito importante, é a renda de bilheteria. Se o torcedor quiser ver a cidade de Londrina com boa representatividade no futebol, no basquete, no vôlei, handebol e outras modalidades, é preciso apoiar. E, neste caso, apoiar significa pagar pelo ingresso, mesmo. Com torcida de 'Zap Zap' ou 'do sofá', tudo fica mais difícil.
OBS: E antes que algum 'corneteiro' já fale: "Ah! Mas domingo não é semana passada, é outra semana", já adianto. Contei domingão como parte do fim de semana e avaliei o período de sete dias com jogos das equipes! Valeu?!
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