Ana Paula Vergutz gravou o nome da história da canoagem de velocidade do Brasil. Ela foi a primeira mulher a representar o Brasil nesta modalidade numa Olimpíada. A cascavelense participou dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. De lá para cá, passou a ter um desejo insaciável de voltar a competir no maior evento esportivo do planeta. Após o Rio de Janeiro, Ana Paula traçou o curso para Tóquio, cidade que vai receber a próxima edição dos jogos.
O fato é que a pandemia bagunçou por completo o calendário esportivo. As Olimpíadas deveriam ter acontecido no ano passado e foram adiadas para julho deste ano. Diversos outros eventos de canoagem foram suspensos e isso limitou as possibilidades da atleta voltar competir numa Olimpíada. Restou apenas uma chance: a disputa da segunda etapa da Copa do Mundo de Canoagem Velocidade. O torneio será realizado na cidade de Barnaul na Rússia. Ana Paula será a representante brasileira no caiaque e irá remar nas provas de K1 500 metros e K1 200 metros, ambas provas olímpicas. Já Valdenice Conceição disputa o evento na canoa e irá remar no C1 200 metros. O evento inicia nesta quinta-feira (20) e vai até o dia 25 de maio. A grande expectativa para as brasileiras é na batalha por mais cotas olímpicas, quinta (20) e sexta-feira (21). Nestes dias acontecerá a classificação olímpica para os Jogos Olímpicos em Tóquio.
Segundo a irmã, Beatriz Vergutz, Ana conseguiu a possibilidade de participar do evento na Rússia graças ao resultado que obteve no Controle Nacional de Canoagem, disputado no mês passado em Cascavel. Para ela, não bastou apenas vencer a prova. A atleta precisou fazer um tempo que lhe dê condições de lutar pela vaga olímpica, em Barnaul.
Beatriz reforça a meta da irmã na Copa do Mundo da Rússia. “Como é uma classificatória de nível mundial, é muito difícil saber que lugar que ela precisa ficar para conquistar a vaga. Tudo é muito dinâmico. Conforme as embarcações vão se classificando outras vagas vão se abrindo. Pode ser bem mais difícil que a Ana Paula imagina. Mas o que ela tem que fazer o melhor dela. A Ana saiu daqui muito confiante, fez o tempo dela na seletiva e fez ótimos treinos em Cascavel’, disse.
A Canoagem. Velocidade conta com três vagas, sendo duas cotas olímpicas na categoria “canoa”, conquistadas no Mundial realizado em Szeged na Hungria em 2019. Há poucos dias a Federação Internacional de Canoagem redistribuiu as cotas continentais e o Brasil conquistou a vaga no K1 Masculino 1000 metros. Agora em Barnaul na Rússia é a última chance das definições olímpicas, o país entra na luta pelas vagas na canoa e no caiaque feminino.