Artes marciais

Fenômeno, Teddy Riner arrasa David Moura e fatura ouro no Grand Slam de Brasília

08 out 2019 às 18:40

O judoca francês peso-pesado Teddy Riner não deu chances ao brasileiro David Moura nesta terça-feira e faturou mais uma medalha de ouro para a sua vasta coleção, no Grand Slam de Brasília. Ele conquistou a medalha de ouro ao arrasar na final David Moura ao aplicar um ippon, o golpe perfeito, em apenas 20 segundos de luta.

Mesmo com a torcida a favor, Rinner não se desconcentrou e projetou Moura de costas no tatame, no primeiro golpe que tentou. Depois, aplaudiu David Moura e foi comemorar e posar para fotos com os fãs.

Fenômeno mundial do judô, Riner pisou quatro vezes no tatame de Brasília para levar com tranquilidade o ouro no Grand Slam disputado na capital federal. Na rota por uma vaga na Olimpíada de Tóquio-2020, ele agora ampliou a invencibilidade para 152 combates seguidos. Não perde há 9 anos.

Teddy tem um histórico de vitórias no Brasil. No Rio, ganhou dois títulos mundiais - em 2007, aos 18 anos, o primeiro da carreira, e em 2013 - e o ouro olímpico nos Jogos de 2016. Para descansar, Riner, de 30 anos, ficou pouco mais de um ano fora de competições e retornou em julho. Ele não disputava um Grand Slam desde 2013.

Quarto colocado no ranking mundial, o judoca Rafael Silva, o Baby, foi derrotado por estrangulamento na disputa pela medalha de bronze da categoria contra o russo Inal Tasoev, décimo colocado do ranking.

OURO E PRATA - Em final brasileira e confronto direto pela vaga em Tóquio-2020, a judoca Beatriz Souza venceu a compatriota Maria Suelen Altheman na final da categoria pesado, com mais de 78 kg. O ouro de Beatriz Souza, de 21 anos, marcou a quebra de um tabu particular: ela perdera todas as quatro lutas anteriores contra a hoje medalhista de prata Maria Suelen Altheman, de 31 anos, duas vezes vice-campeã mundial, em 2013 e 2014.

"(A vitória) É meio que inexplicável, mostra que estou no caminho certo. Tem muito chão pela frente na briga pela vaga. Ela (Maria Suelen) é uma adversária muito dura, a gente sempre luta junto, é sempre 50% a 50%", disse Beatriz.

Já o brasileiro Rafael Buzacarini ficou com a prata nesta terça ao perder para o japonês Kentaro Iida na final da categoria até 100kg. A pouco mais de 1 minuto do fim do combate, Buzacarini foi projetado com um golpe perfeito de Iida, que venceu todas as lutas na etapa por ippon.

O atleta do Clube Paineiras do Morumby (SP) segue em busca de pontuação para se classificar para a Olimpíada de Tóquio. "Medalha em casa é uma experiência única. Um adversário duro, eu queira sair com o ouro, tem um gosto amargo", afirmou Buzacarini.