Esportes

Atiradores de grosso calibre no Regional Sul de Trap Americano

06 mai 2022 às 11:52

O Clube Guairacá, em Cascavel, é sede do Regional Sul de Trap Americano, evento de tiro esportivo com a chancela da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE). A competição teve início na quinta-feira (05) e vai até este sábado (07). Ao todo, o Regional Sul reúne cerca de 70 atiradores de todo o país. São atletas de 'grosso calibre' e alto gabarito, como o gaúcho Eduardo Mossmann de Araújo Filho, que veio de Nova Prata, no Rio Grande do Sul. O atirador será um dos representantes do Brasil no Gran American, o mais importante evento de Trap Americano. Ele falou onde e como será este evento. "Em agosto, no dia 01 até o dia 13, estará acontecendo na cidade de Sparta, no estado de Illinois, nos Estados Unidos, o Gran American, que é o mundial dessa modalidade que a gente pratica, que é o Trap Americano", explicou.

Isso significa que, depois de atirar em Cascavel, Eduardo irá atirar no país que é o berço do Trap Americano no tiro esportivo. Mas isso não chega a ser um problema. De acordo com Paulo Soares Júnior, diretor da modalidade da CBTE, o Brasil é um dos países da América do Sul com o maior número de praticantes do Trap. Nas Américas, só perde para os EUA. Antes, a modalidade mais comum no tiro esportivo era a fossa olímpica. "No Brasil a gente começou com a fossa olímpica há muitos anos. Nem existia o Trap Americano. Mas eu já comecei a atirar em 1994 com o Trap. O esporte é comum nos Estados Unidos e Canadá. Alguns países da Europa têm muitos atiradores. A Austrália tem muitos praticantes de Trap, mas na América do Sul, sem dúvida, o Brasil é o país com mais representação", explicou.

No Trap, os atiradores fazem os disparos num espaço chamado pedana. Cada pedana tem cinco pontos de tiro e os esportivos se revezam nestes pontos. Em cada pedana, cada atirador efetua 25 disparos. Depois desse rodízio, eles se dirigem para outra pedana. Ao todo, cada atirador dá 100 tiros com espingarda calibre 12 numa mesma prova. O objetivo é, obviamente, quebrar o prato laranja que é arremessado por um robô. O atirador emite o sinal sonoro para que o robô faça o lançamento.


Segurança

Uma prova de tiro esporito tem regras rigorosas de segurança. Cada atirador é obrigado a usar os óculos e o protetor auricular durante a prova. E só pode circular pelo clube com a arma aberta, o que demonstra que ela está descarregada. O atirador só insere a munição no armamento no instante do tiro, durante a prova. Ele precisa chegar no clube com a arma desmontada e a montagem é feita na sala de armas, que fica próxima à pedana. Se não cumprir estas regras, corre sério risco de ser eliminado da competição. "Na sala de armas, a arma que deve chegar desmontada é montada pelos atiradores. Por questões de segurança, as armas de competição precisam estar, obrigatoriamente, desmuniciadas e abertas até a posição de tiro. Só na posição da pedana é que o atirardor, na vez dele, carregar e fazer o disparo. E fica com a arma aberta até o próximo tiro", explicou Henrique Medeiros, delegado da CBTE e coordenador da prova do Regional Sul do Clube Guairacá.

Os atiradores mais bem ranqueados nas competições regionais se encontram numa final nacional. Esta é a primeira vez que o Clube Guairacá, em Cascavel, é sede do Regional Sul de Trap Americano.