Atletismo

'Nossa meta é chegar a 100 ouros em Lima', diz presidente do CPB ao mirar Parapan

13 ago 2019 às 14:31

O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, estabeleceu como meta a conquista de cem medalhas de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, que começam no próximo dia 23, no Peru. A expectativa é manter a hegemonia do País pelo quarta edição consecutiva do evento.

Desde o Parapan do Rio que o Brasil termina no primeiro lugar no ranking de pódios. Em 2007, quando o evento aconteceu na capital carioca, foram 83 ouros, 68 pratas, 77 bronzes, com 228 pódios no total. Em Guadalajara-2011, no México, o País obteve 81 ouros, 61 pratas, 55 bronzes, com 197 no total. O melhor desempenho, no entanto, ocorreu em Toronto-2015, no Canadá, com 109 ouros, 74 pratas, 74 bronzes, com 257 medalhas no total.

"Foi muito trabalho dos atletas para estruturar todos os processos no Centro de Treinamento até aqui. A expectativa é mais uma vez conquistar o título com um grande número de medalhas. Eles estão preparados para isso. Nossa meta é chegar e ultrapassar cem medalhas de ouro", afirmou Mizael.

Se os atletas conseguirem cumprir o estabelecido, o Parapan terá quase que o dobro de primeira colocações do Time Brasil no Pan de Lima, que terminou no último domingo. O Brasil teve campanha histórica, superando marcas em total de medalhas conquistadas e também alcançando o maior número de ouros na competição: ao todo foram 171 pódios, sendo 55 ouros, 45 pratas e 71 bronzes.

A declaração de Mizael foi feita durante evento realizado nesta terça-feira no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. A cerimônia contou também com o lançamento dos uniformes que serão utilizados pelo Time Brasil na competição em Lima e também com a nova campanha publicitária, chamada "Movimento Paralímpico".

Estiveram presentes dezenas de atletas, entre eles o multimedalhista da natação Daniel Dias. "Estou muito feliz por fazer parte desse desfile, que é um momento histórico. As roupas ficaram lindas e isso mostra o quanto o CPB e o Movimento Paralímpico cresceram. É muito bacana ter a nossa própria confecção e as pessoas poderem adquirir o seu no futuro", disse.

Pela primeira vez os uniformes foram pensados exclusivamente nos paraatletas. Sem contrato com nenhuma fornecedora de material esportivo, o CPB optou por produzir as roupas e atender às diferentes demandas. "Percebemos que as cegas tinham dificuldades para vestir tops que são trançados. Então criamos uma maneira que facilita o uso", disse Amanda Rabelo, responsável pela equipe de designers do CPB, que idealizou os uniformes. "As calças possuem zíper na parte debaixo, nas pernas, porque facilita aos amputados ou aqueles que têm algum tipo de paralisia nas pernas", prosseguiu.

Os uniformes estão licenciados para uso dos atletas brasileiros e a intenção é buscar empresas que tenham interesse em comercializá-los. A ideia de Mizael Conrado é estabelecer parcerias em lojas. O CPB ficaria com porcentagem das vendas. O primeiro parceiro revelado nesta segunda-feira foi a marca de roupas Reserva.

Os Jogos Parapan-Americanos acontecem de 23 de agosto a 1º de setembro e o Brasil irá com uma delegação recorde que representará o país. Serão 512 integrantes na missão brasileira, sendo 337 atletas de 23 estados e do Distrito Federal, que disputarão 17 modalidades.