O canadense Andre De Grasse aproveitou a ausência de Usain Bolt para conquistar o ouro na etapa de Roma da Diamond League. Nesta quinta-feira, ele subiu no lugar mais alto do pódio depois de completar o percurso no Estádio Olímpico da capital italiana em 20s01.
"Esta foi uma corrida tranquila para mim. Eu queria vir para cá e permanecer tranquilo. Meu técnico me disse que eu deveria apenas ir lá e levar a vitória para casa", comentou o canadense, que ficou na frente do francês Christophe Lemaitre, prata com 20s29, e do norte-americano Ameer Webb, bronze com 20s33.
De Grasse ganhou fama mundial na Olimpíada do Rio, no ano passado, ao cruzar a linha de chegada das semifinais dos 200m praticamente ao lado de Bolt, com ambos os atletas dando risada, um olhando para o outro. Depois, o jamaicano ficaria com ouro olímpico, enquanto o canadense levou a prata.
Mas para os Jogos de Tóquio, em 2020, De Grasse não quer mais saber de ser o coadjuvante do astro. "O Bolt é um grande alvo para mim. É muito animador fazer parte da jovem geração que está perseguindo o Bolt. Meu objetivo (em Tóquio) é ganhar três medalhas", comentou.
Na outra prova individual que Bolt domina, os 100m, a medalha de ouro ficou com o britânico Chijindu Ujah. Ele aproveitou a ausência dos principais nomes da distância para triunfar com o tempo de 10s02, seguido pelo francês Jimmy Vicaut e o norte-americano Ronnie Baker, ambos com 10s05.
Outro destaque do dia aconteceu na prova dos 110m com barreira, em que o norte-americano Aries Merritt venceu com o tempo de 13s13. Foi o primeiro triunfo do atleta em uma etapa da Diamond League desde que foi submetido a um transplante de rins, há dois anos.
"Eu estava um pouco atrapalhado. Cometi muitos erros, bati em muitas barreiras, mas minha velocidade está melhorando. Depois de 2015, foi difícil, mas estou aqui e estou saudável, então preciso apenas estar focado que os resultados virão", afirmou Merritt, que ficou à frente de Orlando Ortega, com 13s17, e de Sergey Shubenkov, com 13s21.
Mas a principal surpresa do dia aconteceu no salto triplo feminino. A venezuelana Yulimar Rojas desbancou a colombiana Caterine Ibarguen e faturou o ouro na prova com a marca de 14,84m, contra 14,78m da adversária, que ficou com a prata. O bronze foi para a casaque Olga Rypakova, com 14,64m.
Esta foi apenas a segunda vez desde 2012 que Ibarguen não conquista o ouro em uma disputa do salto triplo. Melhor para Rojas, que devolveu o resultado da Olimpíada do Rio, quando foi prata e viu a colombiana faturar o ouro.