A Ferrari confirmou nesta sexta-feira que desistiu de apelar junto à Fórmula 1 contra a punição aplicada ao piloto alemão Sebastian Vettel no GP do Canadá, no domingo passado. Mas indicou que pode acionar diretamente a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) nos próximos dias.
A equipe italiana havia indicado inicialmente que recorreria junto à F-1 contra a decisão tomada pelos comissários no Canadá. O time tinha quatro dias para apresentar evidências e argumentar contra a punição aplicada ao seu piloto. Nesta sexta, porém, a Ferrari abandonou esta ideia.
No entanto, poderá subir um nível neste recurso, ao entrar diretamente com o apelo junto à FIA, a entidade que rege o automobilismo mundial. Neste caso, a equipe teria tempo maior - 14 dias a contar da publicação dos resultados do GP do Canadá - para apresentar novas evidências e elementos para contestar a decisão dos comissários. Ou seja, os italianos teriam até o próximo GP, na França, no dia 23, para contestar a punição.
Em dificuldades nestas primeiras etapas da temporada, a Ferrari esteve muito perto de obter sua primeira vitória do ano no fim de semana passado, em Montreal. Vettel largou na pole position e liderou toda a prova para cruzar a linha de chegada na frente dos rivais. Mas não ficou com a vitória.
Isso porque o tetracampeão sofreu uma punição de cinco segundos de acréscimo ao seu tempo final de prova por ter feito uma manobra considerada irregular pelos comissários da prova. Quando liderava a corrida, Vettel perdeu o controle de sua Ferrari e parou na grama na curva 3. Ao retornar, teve dificuldades para controlar o seu carro na pista e deu uma fechada no rival Lewis Hamilton, que vinha logo atrás.
Apesar das reclamações da Ferrari e de Vettel, os comissários anunciaram a punição ainda durante a corrida, o que gerou um anticlímax ao fim da prova, com Vettel vencendo, mas não levando o GP canadense. No pódio, parte do público chegou a vaiar Hamilton pela vitória que acabou herdando.