Automobilismo

Lauda tem melhora 'muito satisfatória' após transplante de pulmão, diz hospital

06 ago 2018 às 10:25

Tricampeão mundial de Fórmula 1, o austríaco Niki Lauda se recupera bem de um transplante de pulmão realizado na semana passada. O ex-piloto já respira sem ajuda de aparelhos e sua condição está melhorando, informou nesta segunda-feira o Hospital Geral de Viena, onde ele está internado na Áustria.

O lendário ex-piloto de 69 anos foi submetido ao complicado procedimento cirúrgico na última quinta, quando as primeiras informações divulgadas após a operação confirmaram que o atual diretor da equipe Mercedes na F-1 enfrentava uma "grave doença pulmonar" e precisou encarar o transplante para tentar se recuperar de uma forte infecção.

O hospital revelou nesta segunda-feira que Lauda estava totalmente consciente 24 horas depois da cirurgia e que está melhorando de maneira "muito satisfatória", assim como garantiu que "todos os seus órgãos estão funcionando bem". O austríaco tem condições respiratórias delicadas desde 1976, quando sobreviveu a um gravíssimo acidente no GP da Alemanha de Fórmula 1.

Lauda foi campeão da máxima categoria do automobilismo em 1975, 1977 e 1984, sendo que correu sério risco de morte no acidente ocorrido na prova alemã realizada há 42 anos. Naquela ocasião, a sua Ferrari pegou fogo e ele passou quase um minuto preso dentro do carro pelas chamas. Internado durante seis semanas em um hospital, ele ainda voltaria a correr na mesma temporada, mas perderia o título por apenas um ponto para o inglês James Hunt, então o seu principal rival como piloto da McLaren. A história daquele campeonato inspirou o filme Rush, lançado em 2013.

Além das plásticas para reconstruir a pele e da condição pulmonar delicada, Lauda teve outros problemas de saúde nos últimos anos. O ex-piloto precisou ser submetido também a dois transplantes de rim, e um deles foi possível e teve sucesso graças à namorada, que lhe doou um órgão saudável.

Lauda foi apontado como presidente não-executivo da Mercedes na Fórmula em 2012 e participou do processo de contratação de Lewis Hamilton, que ao final de 2011 deixou a McLaren para defender a equipe com a qual ganhou os títulos mundiais de 2014, 2015 e 2017 - também se sagrou campeão pela tradicional equipe inglesa em 2008. O último dos três títulos do austríaco na F-1, em 1984, foi conquistado justamente pela McLaren, antes dos dois campeonatos com a Ferrari, em 1975 e 1977.