Lewis Hamilton está imbatível e segue provando que não é pentacampeão à toa. Neste domingo, o piloto inglês resistiu a uma pressão intensa de Max Verstappen, operou uma milagre para superar o desgaste dos pneus médios e venceu o GP de Mônaco em uma das corridas mais marcantes de sua carreira e mais movimentadas desta temporada da Fórmula 1.
Foi a 77ª vitória de Hamilton na carreira, a terceira dele no circuito de rua de Montecarlo e a quarta neste ano, o que o deixa mais folgado na liderança do Mundial de Pilotos. Ele dedicou o triunfo a Niki Lauda, que recebeu outras homenagens antes da corrida.
Todos os pilotos usaram bonés vermelhos para homenagear o lendário ex-piloto, que morreu na última segunda-feira. Também houve um minuto de silêncio no grid de largada para Lauda e Hamilton utilizou uma espécie de casco com o mesmo layout do austríaco na temporada de 1984, em que conquistou o tricampeonato.
Foi a primeira vez em seis corridas nesta temporada em que não houve dobradinha da Mercedes pois Sebastian Vettel, da Ferrari, foi o segundo colocado. O alemão terminou a prova em terceiro, mas o holandês Max Verstappen, da Red Bull, dono do segundo posto, foi punido em cinco segundos em razão de uma saída insegura após troca de pneus e caiu para a quarta posição. O pódio foi completo pelo finlandês Valtteri Bottas, da Mercedes.
A quinta posição ficou com o francês Pierre Gasly, da Red Bull, que terminou pouco à frente do espanhol Carlos Sainz Jr, da Renault. O russo Daniil Kvyat e o tailandês Alexander Albon, ambos da Toro Rosso, foram sétimo e oitavo colocados, respectivamente. Vencedor em Mônaco no ano passado, o australiano Daniel Ricciardo, da Renault, foi o nono, e o francês Romain Grosjean, da Haas, completou o grupo dos dez primeiros.
Azarado, Leclerc, que largou em 15º em razão de um erro de estratégia da Ferrari no treino classificatório, fazia uma corrida notável de recuperação depois de ultrapassar Stroll, Norris e Grosjean - está ultima uma ultrapassagem impressionante na curva La Rascasse - e subir para o 12º lugar, mas teve o pneu furado na décima volta e foi obrigado a abandonar a prova.
A corrida no tradicional circuito de rua de Montecarlo teve abandono, ultrapassagens, punição e um milagre de Hamilton, componentes suficientes para ser a mais agitada e emocionante de 2019. Também houve estratégia e tensão com as trocas de pneus durante a entrada do safety car em virtude da presença de detritos na pista deixados pelo carro de Leclerc.
O pentacampeão, desde a 14ª volta, fez uso de pneus médios, que se desgastaram mais rápido em relação aos de Verstappen, o que ajudou o holandês, que tomou o segundo lugar de Bottas no começo da corrida na saída dos boxes, a pressionar muito. No final, o piloto da Red Bull tentou a última investida na chicane após o túnel. Os carros se tocaram, mas Hamilton segurou a pressão, manteve a ponta e cruzou em primeiro.
Os pilotos voltam a acelerar daqui a duas semanas, no GP do Canadá, o sétimo de 21 etapas desta temporada da Fórmula 1.
Confira a classificação do GP de Mônaco:
1) Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 1h43min28s437
2) Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a 2s602
3) Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), 3s162
4) Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 5s537
5) Pierre Gasly (FRA/Red Bull), a 9s946
6) Carlos Sainz Jr (ESP/McLaren), a 53s454
7) Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso), a 54s574
8) Alexander Albon (TAI/Toro Rosso), a 55s200
9) Daniel Ricciardo (AUS/Renault), a 1min00s894
10) Romain Grosjean (FRA/Haas), a 1min01s034
11) Lando Norris (ING/McLaren), a 1min06s801
12) Kevin Magnussen (DIN/Haas), a uma volta
13) Sergio Pérez (MEX/Racing Point), a uma volta
14) Nico Hülkenberg (ALE/Renault), a uma volta
15) George Russell (ING/Williams), a uma volta
16) Lance Stroll (CAN/Racing Point), a uma volta
17) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), a uma volta
18) Robert Kubica (POL/Williams), a uma volta
19) Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), a duas voltas.
Abandonou a prova:
20) Charles Leclerc (MON/Ferrari).