Promotora da MotoGP, a Dorna Sports anunciou nesta quinta-feira que a principal categoria de motovelocidade no mundo voltará ao Brasil em 2022. A empresa assinou um contrato com a Rio Motorsports para realizar uma etapa na capital fluminense por cinco anos entre as temporadas 2022 e 2026.
O acordo representa o retorno da MotoGP ao Rio, onde a corrida foi realizada entre 1995 e 2004 no circuito de Jacarepaguá, posteriormente destruído para a construção do Parque Olímpico dos Jogos de 2016.
"Estou muito orgulhoso em anunciar que a MotoGP retornará ao Rio de Janeiro, uma das cidades mais icônicas do mundo e em um país tão incrível. O Brasil é um mercado importante para motos, o motociclismo e o esporte a motor, com uma história para se orgulhar", disse Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna.
O novo circuito está previsto para ser construído na região de Deodoro, com um percurso de 4,5 quilômetros, tendo 13 curvas, sendo sete para a esquerda e seis à direita. E os organizadores da MotoGP já preveem um tempo de volta médio em 1min38. Já o custo seria de R$ 700 milhões.
"As notícias de que já temos uma primeira competição para a nova pista do Rio, a MotoGP, confirmada para 2022, representam um grande avanço para a nossa cidade. A construção da pista de Deodoro é um projeto espetacular, com um investimento extraordinário que irá gerar 7 mil empregos e fazer com que o Rio recupere o papel de liderança em grandes competições. Vamos levar o desenvolvimento para uma região da cidade com muitas necessidades, que é a Zona Oeste, e estimular o turismo. Tudo isso sem a cidade colocar um centavo no projeto, já que todo o investimento será de responsabilidade da concessionária", afirmou Marcelo Crivella, o prefeito do Rio, em comunicado divulgado pela MotoGP.
Construir um autódromo em Deodoro é um desejo antigo, sendo que a Prefeitura do Rio abriu uma concorrência para realizá-la. Mas a realização da obra está envolta em alguns impasses, tanto que no fim de agosto a 5ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) determinou a suspensão do contrato de concessão e construção do circuito, já que um relatório de impacto ambiental ainda não tinha sido realizado e aprovado pelo Instituto Estadual do Meio Ambiente (INEA).
Como a Fórmula 1 tem contrato para realizar o GP do Brasil em Interlagos somente até 2020, a meta do Rio é transferir a sede da prova para a capital fluminense a partir do ano seguinte. O projeto do autódromo em Deodoro tem apoio do presidente Jair Bolsonaro, do governador do Rio Wilson Witzel e de Crivella.