Quase duas semanas depois, o holandês Max Verstappen ainda não se esqueceu do que houve com ele no GP do Brasil de Fórmula 1. Nesta quinta-feira, no dia de entrevistas para o GP de Abu Dabi - o último da temporada de 2018 -, o piloto da Red Bull afirmou que não se arrepende dos empurrões que deu no francês Esteban Ocon, da Force India, após a corrida no autódromo de Interlagos, em São Paulo, no último dia 11.
Já no paddock de Interlagos, após a corrida, Verstappen confrontou o rival devido a um toque entre os dois na 45.ª volta do GP do Brasil, que resultou na perda de liderança da prova por parte do holandês para o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, que foi o vencedor da etapa brasileira. O piloto da Red Bull discutiu e deu três empurrões em Ocon, sendo prontamente retirado do local por funcionários da FIA.
Como punição, Verstappen terá de cumprir dois dias de trabalho comunitário para a FIA - Ocon recebeu, ainda durante a corrida, uma penalização de 10 segundos nos boxes. "Não estou arrependido porque acho que merecia um pedido de desculpas e a resposta que recebi foi outra. Tinha acabado de perder a vitória na corrida e, por isso, acho que até estava calmo. Poderia ter sido muito pior", afirmou.
Considerando que a sua atitude foi normal, Verstappen lembrou ainda que a conversa que manteve com Ocon na zona de pesagem acabou por provocar o desfecho que o penalizou. "Estavam à espera que eu tivesse tido outra atitude? Achavam que ia apertar a mão dele e dizer muito obrigado por eu ser segundo em vez de ser o vencedor da corrida", ironizou o piloto holandês.
"Acho que é uma resposta bem normal. Mas OK, recebi meus dois dias (de serviços comunitários) com a FIA, que ainda vamos descobrir o que vamos fazer", comentou. "Vocês realmente não ouvem o que estava sendo dito, o que estava sendo dito na balança, vocês só me veem empurrar. Mas se vocês entenderem toda a conversa, acho que isso seria diferente", completou.