Esportes

Canoagem de Cascavel continua superando as fronteiras

21 abr 2018 às 10:13

Cascavel deve muito para a canoagem. Foi este esporte que colocou três atletas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. E foi de Cascavel a primeira mulher a remar com as cores do Brasil em uma Olimpíada. Ana Paula Vergutz ostenta este feito inédito.

O fato é que a canoagem não para de trazer boas notícias para o esporte cascavelense. Ana Paula, Vagner Souta e Roberto Maehler são os três atletas que representaram Cascavel nos Jogos Olímpicos. Os três ainda buscam a presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio daqui a dois anos. Eles podem encurtar esse caminho com a participação nos Jogos Sul-Americanos de 2018. Este evento será disputado nos dias 6 a 8 de junho, na cidade de Cochabamba, na Bolívia. A boa nova veio esta semana. A Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) publicou em seu site uma circular com a convocação dos atletas para este evento continental. Na circular estão os nomes de Ana Paula Vergutz, Vagner Souta e Roberto Maehler.

Nessa circular, a CBCa ainda convocou os canoístas para que se apresentem na Raia Olímpica da Universidade de São Paulo (USP) para um período de treinamentos entre os dias 14 de maio a 02 de junho, como preparação para o Sul-Americano.

Que eles são excelentes atletas, não há contestação. O detalhe é que a convocação para a Seleção Brasileira não é apenas por acaso ou pela participação dos três nos Jogos Olímpicos do Rio. A presença dos três cascavelenses em Cochabamba foi conquistada. Os canoístas representaram o Clube de Regatas Cascavel (CRC) na Copa Brasil de Canoagem, evento que foi realizado em Curitiba, nos dias 7 e 8 de abril.

Ana Paula venceu as quatro provas que disputou: K1 200, K1 500, K1 1000 e K1 5000 metros. Apesar de gostar de provas mais longas, para ela, o que interessava mesmo eram as provas mais curtas que são olímpicas. Com isso, ela vai representar o Brasil nos 200 e 500 metros, na Bolívia. “As provas de 500 e 200 eram as mais importantes porque valiam vagas para o Sul-Americano e são provas olímpicas. A gente já tinha feito uma preparação para a Copa Brasil, mas nossos treinamentos já estavam voltados para o Sul-Americano. A partir destes resultados, começamos a lapidar os trabalhos. Não tivemos tempo hábil para a Copa Brasil para trabalhar as provas curtas. Eu acredito que, no Sul-Americano, eu esteja mais lapidada e preparada para esta competição”, explicou ela.

Ana Paula falou ainda da sua preferência. “Das provas olímpicas, eu prefiro a de 500 metros que é um pouco mais longa e eu me sinto mais confortável. Com eu sou muito grande, as provas rápidas se tornam mais difíceis pra mim. Logo, o barco fica um pouco mais lento em virtude disso. Por isso, eu prefiro a prova de 500 metros”, explicou ela.

K1 1000

No masculino, a prova olímpica na canoagem de velocidade é o K1 1000 metros. E Cascavel tem os principais nomes do país nesta categoria. Vagner Souta, que participou dos Jogos Pan-Americanos e também dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, foi o vencedor na Copa Brasil, em Curitiba. Com isso, ele garantiu a presença no Sul-Americano. Ao lado dele, no pódio, estiveram Roberto Maehler, com presença garantida em Cochabamba, e o grandalhão Vitor Hugo Navarro.

 “Classifiquei no K1 1000 metros individual e agora vamos pela segunda vez para o Campeonato Sul-Americano”, disse. Vagner ainda lembrou de um detalhe que pode gerar um ônus para os remadores cascavelenses. “Lá tem a altitude, que influencia bastante na prova. Vai ser um país diferente e com um clima bastante diferente, bem mais frio. Com relação à altitude, eu tenho um pouco de experiência porque já competi no México, com bastante atitude também. Em Cochabamba vai ser um mistério”, disse ele.