Esportes

Carência de gols no ataque da Serpente Aurinegra

05 out 2020 às 15:27

No futebol, existe uma verdade universal: só se vence uma partida com gols. O FC Cascavel ainda não conseguiu vencer na Série D do Campeonato Paranaense. Em quatro jogos, o time de Marcelo Caranhato sofreu uma derrota e teve três empates, o último deles contra o Mirassol em 0 a 0, no domingo (04), no Estádio Olímpico Regional. A Serpente Aurinegra completou três jogos sem gols e só conseguiu balançar as redes, quando empatou em 3 a 3 com a Cabofriense. 

A atuação do ataque de Marcelo Caranhato tem sido bem diferente do que o time apresentou no Campeonato Paranaense. Em 15 jogos, foram 29 gols, uma média de 1,9 por partida. Em toda a competição estadual, o ataque do FC Cascavel só passou em branco numa única partida, que foi justamente a última, contra o Athletico-PR. Já na competição nacional são apenas três gols em quatro jogos, uma média 0,75 por partida.

Paulo Baya tem sido o principal jogador do FC Cascavel

Em tese, Marcelo Caranhato tem usado o sistema de jogo 4-3-3. Ou seja, é um sistema que privilegia o ataque. O problema não é a maneira de jogar. A carência de gols do FC Cascavel tem ocorrido em virtude da carência de algumas peças. O treinador ainda não encontrou no elenco o jogador que seja responsável pela articulação, função esta que era de Adenilson, hoje no Londrina. O treinador tem transferido essa responsabilidade para o garoto Paulo Baya. E ele tem sido o jogador mais incisivo no ataque da equipe, algo que ficou bem nítido no empate sem gols com o Mirassol. Todas as principais chances reais de gol do FC Cascavel saíram de seus pés, seja na criação das jogadas ou na finalização. Paulo Baya leva mais perigo quando se aproxima do gol adversário. Mas para isso, é necessário que Caranhato encontre no elenco um novo jogador que possa resolver o problema da articulação. No jogo de domingo, o meia Robinho, com passagens pelo Operário de Ponta Grossa, fez a sua estreia com a camisa do clube. Esse jogador pode suprir essa carência na articulação. O próprio treinador reconheceu após o jogo que o time está com problemas no último passe. É esse passe que dará melhores condições para os jogadores de frente. Com isso, os gols surgirão com naturalidade. E o FC Cascavel poderá, enfim, comemorar a primeira vitória na Série D. “Nós conseguimos voltar a jogar um futebol que estamos acostumados, um futebol envolvente que permitiu o controle do jogo. O que ainda estamos pecando um pouquinho é no último terço de campo, essa última bola para fazer o gol. A gente foi pouco eficiente nesse quesito no jogo contra a Ferroviária e também no jogo contra o Bangu. E numa competição curta como é a Série D, temos grandes problemas em não conseguir fazer o gol”, analisou o treinador.

Caranhato terá a semana cheia para corrigir esses problemas ofensivos. A equipe volta a jogar em casa no próximo fim de semana e recebe o Toledo no domingo (11), às 16 horas, no Estádio Olímpico Regional. O Porco está em situação crítica na Série D e foi goleado pela Ferroviária por 6 a 2, mesmo jogando como mandante no Estádio 14 de Dezembro. O Toledo é o lanterna do Grupo 7 ainda sem pontuar. O empate em 0 a 0 com o Mirassol deixou o FC Cascavel em sétimo lugar nesse grupo com três pontos ganhos. São cinco a menos que os líderes Ferroviária, Bangu e Cabofriense, todos com oitos pontos, mas a Ferroviária lidera a chave pelo saldo de gols. A Portuguesa-RJ fecha o G-4 dessa chave com sete pontos. A necessidade de vitória aumenta para o FC Cascavel para não perder de vista os primeiros colocados. E seguir vivo na busca por uma vaga na próxima fase.

SÉRIE D

Grupo 7

TIME

P

J

V

E

D

GP

GC

S

1 Ferroviária

8

4

2

2

0

11

4

7

2 Bangu

8

4

2

2

0

7

3

4

3 Cabofriense

8

4

2

2

0

10

7

3

4 Portuguesa

7

4

2

1

1

7

4

3

5 Mirassol

5

4

1

2

1

8

4

4

6 Nacional

3

4

1

0

3

6

11

-5

7 FC Cascavel

3

4

0

3

1

3

5

-2

8 Toledo

0

4

0

0

4

4

18

-14