O Cascavel Clube Recreativo (CCR) consolidou o grande objetivo para 2018. O time conquistou o acesso para a elite estadual no ano que vem. Só que a competição ainda não acabou para a Serpente Tricolor. O time tem mais uma partida. E é este jogo que separa o CCR do título da segundona estadual. Se subir já é bom, imagina então conquistar o acesso com o caneco na mão.

No entanto, para ser campeão, o time tem um desafio gigantesco pela frente.

Nesta quarta (16), a equipe de Luis Carlos Cruz faz o jogo de volta da decisão do Campeonato Paranaense da segunda divisão contra o Operário de Ponta Grossa. O jogo está marcado para as 20h15, no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa.

O CCR vai para este jogo em desvantagem. Isso porque foi derrotado em casa no jogo de ida por 2 a 1, na semana passada, no Estádio Olímpico Regional. Isso obriga o time a conquistar uma vitória por dois gols de diferença para faturar o título. Ou então, se vencer por um gol de diferença, o CCR leva a decisão para os pênaltis.

Luis Carlos Cruz confessou que o time perdeu o foco antes do primeiro jogo da final. Por isso, o time cometeu inúmeros erros no duelo contra o Fantasma que acarretaram na derrota em casa. O treinador explica que, na cabeça dos jogadores, o acesso já estava de bom tamanho. Por isso, ele explorou o lado psicológico antes da segunda partida no intuito de mostrar para os atletas a importância de fechar a campanha na segundona com o título. 

Para motivar os atletas, Luis Carlos Cruz recordou a sua trajetória no CCR. Ele foi apresentado de maneira oficial no clube no dia 30 de março, feriado de Sexta-Feira Santa. E o jogo de estreia do treinador ocorreu no Domingo de Páscoa, 1º de abril. A vitória por 2 a 1 foi o ponto de partida para o CCR conquistar o acesso à primeira divisão. “Estreei num Domingo de Páscoa, dia em de ressurreição. E foi uma espécie de ressurreição do clube também”, lembrou o treinador.

O adversário

Luis Carlos Cruz reconhece que as dificuldades nesse jogo de volta serão muito maiores que a partida de ida, em Cascavel. Para ser campeão, sobretudo, precisa quebrar a invencibilidade do Operário, que ainda não perdeu no campeonato e se não tomar gols em casa levanta a taça de maneira invicta. Sem contar que o time de Ponta Grossa faz uma grande campanha na Série C do Campeonato Brasileiro. O time tem dez pontos e divide a liderança do Grupo B com Bragantino e Cuiabá. Na visão do treinador, o Operário deve usar força máxima nesta noite, diferente do que ocorreu no jogo de ida, quando o técnico Gerson Gusmão poupou alguns dos principais jogadores. Mas Luis Carlos Cruz lembra que o Operário tem um jogo importante pela Série C no próximo sábado (19), quando faz um duelo de líderes com o Cuiabá fora de casa. Além disso, o treinador faz as apostas, inclusive, em uma eventual disputa de pênaltis. “É o Operário, quem vem lá tem qualidade, isso já foi mostrado no jogo aqui. Está invicto na competição, mas isso não nos tira o desejo de conquistar uma vitória simples lá e que possamos levar a decisão para os pênaltis. Aí quem sabe o Enéas possa se consagrar, afinal de contas, ele merece pelo que vem fazendo”, disse.

Herói

E parece que o goleiro Enéas entendeu o recado do treinador. Ele pode ser a figura central de um possível título. Caso a vitória simples venha no tempo normal, o arqueiro do CCR que fez um grande campeonato, mas que cometeu algumas falhas no jogo de ida da decisão, passa a ser a figura central. Se isso ocorrer, o tão desejado título pode passar de maneira direta pelas suas mãos. E Enéas não quer perder a fé na conquista. “A gente está focado e sabemos que a gente pode buscar o resultado fora de casa. O gol que fizemos no finzinho do jogo contra o Operário em casa, apesar da derrota, nos dá essa possibilidade de vencer pelo placar mínimo e levar a decisão para os pênaltis”, disse o goleiro.