Em quase um ano editando reportagens do atacante Carlos Henrique no Londrina (ele chegou aqui em maio de 2017) não me lembro de uma resposta que tenha durado muitos segundos. As poucas palavras mostram a eficiência do jogador do LEC também nas entrevistas coletivas, mas não só neste momento. É “comendo quieto” nos gramados do Brasil que o CH9 garantiu o lugar no time do técnico Claudio Tencati e, até este momento, se firma com o técnico Ricardinho.
Muitos torcedores ainda analisam com desconfiança esta boa fase de Carlos Henrique, que dura desde a temporada passada. Há quem diga que o jogador está pesado, fora de forma. Outros preferem dizer que o atacante não é habilidoso e “apanha” para a bola. Reclamações aparecem até da forma como o jogador faz gol.
No último domingo, CH9 balançou a rede com a canela. Foi o suficiente para garantir o empate fora de casa com o Paraná Clube. Já são dois gols em três partidas disputadas neste ano de 2018. E se não tivesse um anulado de maneira duvidosa (para mim, estava na mesma linha que o defensor adversário), o jogador somaria mais um gol.
É a seqüência de um 2017 sensacional, que teve cinco gols pelo PSTC Procopense nas disputas do campeonato estadual e Copa do Brasil. Já com a camisa do Tubarão, ele anotou 11 vezes pela Série B do Brasileiro e Copa da Primeira Liga, que terminou com título alviceleste. Carlos Henrique ainda é vinculado ao PSTC, que emprestou o jogador ao LEC até o final do Paranaense 2018, com opção de compra para o LEC.
Se Carlos Henrique não é o jogador mais técnico do elenco, o atacante compensa com muita vontade em campo. Na vitória sobre o Maringá, pela segunda rodada do Paranaense, ele não balançou a rede. Me lembro, porém, da atuação no segundo tempo. Criou chances claras de gol em virtude da própria velocidade. Deixou os zagueiros maringaenses para trás.
Certa vez, conversei pessoalmente com um ex-jogador profissional que passou pela seleção brasileira e ele se mostrava assustado com um então colega de camisa amarelinha: “Não sei como convocaram o Washington (o coração valente, ex-Atlético Paranaense, São Paulo e Fluminense). Ele dominava a bola na canela, finalizava todo desajeitado…”
“Grosso” assim, Washington fez mais de 400 gols na carreira. No futebol, ganha o time que faz mais gols do que o adversário. Jogar bonito é luxo. O negócio é bola na rede. Se for para ser “grosso” ou “desajeitado” deste jeito, que Carlos Henrique continue no Londrina por mais um bom tempo. Os quilinhos a mais são proporcionais ao faro de gol.
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