Com o Londrina namorando a zona de rebaixamento, não é exagero afirmar que o limitado elenco do Londrina vai depender das boas atuações de medalhões, como Dagoberto. Na noite desta quinta-feira, o atacante entrou no segundo tempo, sofreu a falta dentro da área que gerou o pênalti para o LEC, cobrou e fez o gol alviceleste na derrota para o Avaí (SC) por 2 a 1. Mas até que ponto ele tem condições de ajudar?
Se olharmos apenas os números, a eficiência de Dagoberto é de causar inveja em qualquer atacante. A média dele é de um gol a cada 26 minutos pelo Londrina. O problema é que o jogador esteve em campo em apenas dois jogos. Marcou dois gols, ok! Somados, porém, todos os minutos que ele ficou em campo com a camisa do LEC, o total é de 53 minutos, período equivalente a um tempo de jogo mais acréscimos.
Na estreia da Série B, Dagoberto foi o autor do único gol que deu a vitória do Londrina sobre o Boa Esporte (MG). Entrou aos nove minutos do segundo tempo e, por motivo de uma lesão grave na coxa, teve que sair de campo aos 36. Ficou três meses fora de combate. Quando a parte física ajudou e ele voltou a atuar, o temperamento é que passou a preocupar.
Neste quinta-feira, o técnico Sérgio Soares optou pela entrada do atacante aos 17 minutos da etapa final. Pouco depois, todos os méritos descritos no primeiro parágrafo ganharam a mancha de uma irresponsabilidade. Depois de uma discussão com Renato, do Avaí, o árbitro expulsou Dagoberto e o jogador adversário aos 43 minutos do segundo tempo.
O horário não ajudou, mas é fato que a torcida londrinense está cada vez mais longe do Estádio do Café. Na última derrota, foram menos de 500 pagantes. Sem dinheiro que vem das arquibancadas para investir aquele algo a mais, o gestor de futebol do LEC, Sérgio Malucelli, não deve fazer o improvável, como contratar jogadores de alto nível, com altos salários.
Só o nome conhecido não resolve, mas ajuda a impor respeito. Keirrison não rendeu e não faz mais parte do elenco. Cobrar que Jô, Paulinho Moccelin, Safira, Felipe Marques e Paulo Henrique sejam a solução para o problema ofensivo do LEC não parece justo. Thiago Ribeiro pode dividir a responsabilidade, mas até agora só acertou a trave. Dagoberto tem técnica de sobra. Resta saber se o comportamento e a questão física vão mais ajudar ou atrapalhar o Tubarão até o final da Série B.
Quer me seguir nas redes sociais?