Fique tranquilo amigo leitor! Seremos hexacampeões mundiais. O caminho para o título da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Rússia está se abrindo como o Mar Vermelho se abriu diante de Moisés e do povo hebreu. Isso já ocorreu na campanha do pentacampeonato em 2002. O amigo leitor tem todo o direito de discordar e dizer: “coincidências não ganham jogo”. Mas vamos lá: em 2002 vencemos a Costa Rica na fase inicial, como agora, e cruzamos com a Bélgica no 'mata-mata'. Outro dado interessante: desde que o Mundial passou a ser disputado por 32 seleções – 1998 para cá – com a formação de oito grupos na fase inicial, o Grupo E foi a chave que mais alavancou times finalistas. Em 2002, a Alemanha passou pelo Grupo E e chegou na final. Em 2006, o campeão mundial saiu do Grupo E. A Itália foi a primeira colocada, inclusive, com uma campanha idêntica a do Brasil: três jogos com duas vitórias, um empate, cinco gols marcados e apenas um sofrido. E em 2010, a finalista Holanda também saiu do Grupo E. Por falar em Holanda, cruzamos com os holandeses em 1994 e em 1998. Em 2002, eles nem se classificaram para a Copa. Cruzamos com os holandeses em 2010 e em 2014. Em 2018, eles nem se classificaram para a Copa...
Em 2002, algumas campeãs mundiais, que eram favoritas ao título, caíram de maneira precoce. Isso se repetiu em solo russo. Você lembra do temido Grupo F em 2002, considerado o ‘grupo da morte’? Há 16 anos, ele foi vencido pela Suécia e provocou a queda de uma gigante campeã mundial, a Argentina. Em 2018, o Grupo F, o ‘grupo da morte’, foi vencido pela Suécia e provocou a queda de uma gigante campeã mundial, a Alemanha. Aliás os germânicos, que ainda são os detentores da taça, saíram na primeira fase na Rússia, assim como a França em 2002, que foi para o oriente com a taça na mão e não passou da fase inicial.
Quer mais? Em 2002, uma gigante campeã mundial, que era uma das favoritas, caiu na fase de oitavas de final para o país anfitrião em um jogo que foi para a prorrogação. Na ocasião, a tricampeã Itália perdeu para a Coreia do Sul por 2 a 1. Em 2018, os russos despacharam a Espanha nos pênaltis. Para aumentar as coincidências, há 16 anos, essa mesma Espanha foi eliminada da Copa pelo país anfitrião. O detalhe é que a derrota para os coreanos veio nas quartas de final.
E agora a melhor das coincidências: na fase de oitavas de final em 2002, vencemos os belgas por 2 a 0. O primeiro gol foi do nosso camisa 10 Rivaldo, que tirou um peso das costas na partida. Depois, um centroavante fechou o caminho da vitória no fim da partida.
Nesta segunda (02), contra o México, em Samara, vitória por 2 a 0. O primeiro gol foi do nosso camisa 10, Neymar, que tirou um peso da equipe na partida. E depois, no finzinho da partida, o centroavante Roberto Firmino, que tinha acabado de entrar, consolidou a classificação para as quartas de final. A diferença é que em 2002 o segundo gol foi de Ronaldo, titular e camisa 9. E Firmino usa a camisa 20 e, por enquanto, é reserva na campanha da Rússia. Ainda não está satisfeito sobre as coincidências? O segundo gol, o marcado pelos centroavantes, foi no mesmo tempo de jogo. Ronaldo marcou contra a Bélgica aos 42 minutos do segundo tempo. Firmino fechou o marcador contra o México aos 42 minutos do segundo tempo.
Nosso adversário nas quartas de final, jogo que está programado para a próxima sexta-feira (06), saiu do confronto entre Bélgica e Japão. Os dois times jogaram nesta segunda-feira e a Bélgica venceu por 3 a 2 de virada. Mas só para lembrar, estas duas seleções se enfrentaram no Mundial de 2002, na primeira fase e ficaram no empate em 2 a 2. Na ocasião, os japoneses também estiveram perto da vitória, mas permitiram o empate. Na Rússia, o Japão abriu 2 a 0 e permitiu a virada no fim.