Em um segundo tempo frenético e cheio de emoção, com direito a cinco gols e duas viradas no placar, o Atlético de Madrid derrotou o Barcelona por 3 a 2, nesta quinta-feira, no estádio King Abdullah Sports City, na cidade de Jeddah, na Arábia Saudita, e se classificou à final da Supercopa da Espanha contra o Real Madrid. O jogo decisivo da competição será neste domingo, às 15 horas (de Brasília), no mesmo local.
Graças ao novo formato, agora com quatro clubes, a decisão da Supercopa da Espanha não terá nem o último campeão do Campeonato Espanhol, nem o último detentor do título da Copa do Rei - Barcelona e Valencia, respectivamente - pela primeira vez em sua história. Real Madrid, que fez 3 a 1 no Valencia no dia anterior, e Atlético de Madrid entraram como os melhores ranqueados pela Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF, na sigla em espanhol).
Foi a primeira vez na história em que o argentino Diego Simeone conseguiu derrotar, como técnico, o Barcelona em uma partida de torneio nacional. A vitória nesta quinta-feira no Oriente Médio foi a primeira em 23 partidas. Antes, foram oito empates e 14 derrotas para a equipe da Catalunha.
Em campo, o jogo teve dois tempos totalmente distintos. O primeiro teve poucas chances claras de gol, sendo que todas elas do Barcelona - com Griezmann e Messi -, que parava no goleiro esloveno Jan Oblak. As coisas começaram a mudar logo no início da segunda etapa. O atacante Koke entrou na vaga de Herrera e precisou de apenas 18 segundos para abrir o placar.
Com a vantagem no placar, o Atlético de Madrid se fechou na defesa como gosta Simeone e sofreu enorme pressão do Barcelona. Aos seis minutos, o Barcelona tocou muito bem a bola em seu campo ofensivo e Messi fez o gol de empate. Pouco depois, o argentino fez outra bela jogada, chapelou Saúl e tocou no canto direito de Oblak. Porém o tento foi anulado, pois o craque usou o braço para dominar a bola antes de chutar.
Mantendo um ritmo intenso, dois minutos depois de ter tido seu gol anulado, o Barcelona fez uma ótima jogada coletiva e, após o rebote de Oblak em uma cabeça de Luis Suárez, Griezmann apareceu na área sozinho para cabecear a bola para o fundo do gol. O resultado poderia mudar de 2 a 1 para 3 a 1 na sequência, quando Messi cobrou falta e cruzou em direção de Vidal, que escorou para o meio da área e Piqué marcou. Mas o VAR apareceu mais uma vez e acusou um impedimento na jogada.
Minutos depois, o Atlético de Madrid acertou um belo contra-ataque com Vitolo, que driblou o goleiro brasileiro Neto, foi derrubado na área e a arbitragem marcou a penalidade. Morata foi para a bola e empatou o jogo. Na sequência, o VAR foi utilizado novamente e não validou um possível pênalti após a bola bater na mão de Piqué.
Faltando cinco minutos para a partida terminar, sem deixar o torcedor respirar no estádio, Morata lançou Correa, que saiu cara a cara com Neto e bateu para fazer o gol da classificação do Atlético de Madrid para a final da Supercopa da Espanha.