Futebol

LEC vai acionar clube português na FIFA por calote na compra de atletas

04 set 2020 às 15:45

O Londrina Esporte Clube informa que irá acionar na FIFA o clube Portimonense Futebol SAD, que não honrou sua dívida com o Tubarão referente à cessão de direitos federativos e econômicos de três atletas do Alviceleste. Atletas que desde 2019 defendem a agremiação portuguesa.

Segundo o LEC, a medida foi necessária após o Portimonense Futebol SAD não realizar o pagamento das parcelas acordadas em contrato firmado por cada uma das partes envolvidas à época da negociação dos atletas Anderson Oliveira, Pedro Casagrande e Rômulo Machado.

Dívida que, somadas as correções monetárias e incidência de multas devido ao atraso e não cumprimento do acordo, está estabelecida hoje em 568.871,19 €  – com valor equivalente em reais na cotação atual: R$ 3.556.407,00. 

Em nota, o LEC lamentou ter que tomar a atitude, pois considera que manter seus compromissos em dia é uma premissa básica de cada clube de futebol. Confira trecho do comunicado:

"O Tubarão informa ainda que teve a empatia necessária com o clube português e que tentou todas as formas possíveis, amigáveis e cordiais para resolver a dificuldade junto ao Portimonense Futebol SAD, que, por sua vez, solenemente vêm ignorando os contatos do clube.

Admitimos que nos causa uma certa surpresa sofrer tal calote de um clube de uma das ligas mais importantes e tradicionais da Europa, como a I Liga de Portugal. Mais espanto ainda que essa dívida seja oriunda justamente de um clube que recentemente se manteve na primeira divisão do seu país após um co-irmão ser relegado pelo não cumprimento do Fair Play Financeiro.

O Londrina Esporte Clube considera que a atitude do Portimonense Futebol SAD não se trata apenas de um uma deselegância oriunda de um mau comportamento financeiro, mas sim uma atitude desumana.

Sempre fomos um clube de muita responsabilidade financeira e sempre honramos nossos compromissos, mesmo não usufruindo de grandes orçamentos como acontece com muitas outras agremiações. E acreditamos que o futebol seria bem melhor se todos os clubes fossem assim.

Mas um calote é sempre um calote. E sim, ele nos preocupa.

Com a já pouca entrada de receitas, que se acumula ao enorme sofrimento de toda a sociedade por causa da pandemia causada pela Covid-19, qualquer quantia é sempre muito bem-vinda e importante para seguirmos mantendo o mínimo de dignidade aos nossos funcionários, atletas, comissão técnica e a todos aqueles que dependem de nós."

Com assessoria de imprensa