Futebol

Pandemia: "Eu acredito em adaptação", diz Tite sobre Eliminatórias da Copa

19 set 2020 às 11:51

Na sede da CBF, no Rio de Janeiro, Tite deu entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (18). Mas o auditório, que costumava lotar de jornalistas para fazer perguntas para o técnico da Seleção Brasileira, desta vez esteve bem mais vazio. Desta vez, o treinador recebeu as perguntas pela internet e as respondeu em transmissão ao vivo da CBF TV. Essa foi uma das medidas tomadas por conta da pandemia da Covid-19. 

Na manhã desta sexta, Tite convocou os 23 atletas que defenderão a Seleção nas partidas contra Bolívia e Peru, que abrem as Eliminatórias para a Copa do Mundo FIFA Catar 2022. Os jogos, assim como a coletiva, seguirão os protocolos médicos estabelecidos para a realização deles com a maior segurança possível.

"Eu não acredito em 'novo normal', eu acredito em adaptação, na realidade que está na nossa frente, na nossa capacidade de entendimento dela e em encontrar os melhores caminhos. A gente está descobrindo ainda o que é o novo. A gente está procurando fazer as coisas certas. Estamos seguindo as normas, as situações legais, querendo voltar ao trabalho, mas sem abrir mão disso... A gente vai encontrar esse melhor caminho, essa melhor forma, tendo bom senso, tendo discernimento. E agora, especificamente, voltando ao futebol, acompanhando as orientações médicas, com o doutor (Jorge) Pagura, a doutora Andreia (Picanço), com um comitê todo de especialistas (a Comissão Nacional de Médicos do Futebol). A gente segue a medicina, segue a ciência, para ter a segurança que as pessoas que têm conhecimento podem transmitir e nos dar", disse o técnico da Seleção Brasileira.

A Seleção estreia nas Eliminatórias no dia 9 de outubro, contra a Bolívia, na Neo Química Arena, em São Paulo. Nesta partida, o Brasil terá de lidar com mais um cenário diferente: a ausência do torcedor. O Brasil nunca perdeu como mandante em jogos válidos pelas Eliminatórias e começará a campanha rumo ao Mundial de 2022 sem contar com o apoio da torcida brasileira.

Entrevista coletiva de Tite, Juninho Paulista e comissão técnica na sede da CBF. Créditos: Lucas Figueiredo/CBF 

"É uma situação difícil de transmitir sentimento, é complicado traduzir isso em palavras. Estar perto do torcedor é uma energia que é inconteste. Fui assistir a um jogo no Maracanã, de repente você está na cabine, olha e não vê o publico... Puxa, que coisa estranha. É difícil, a gente vem trabalhar dois dias e quer entrar em um ritmo normal e não é normal ainda, calma. As coisas estão voltando aos poucos. Nada substitui o lado humano, o contato humano", frisou Tite.

Coordenador da Seleção Brasileira, Juninho Paulista também destacou as adaptações feitas pela comissão técnica da Amarelinha durante a quarentena pelo coronavírus. Com um expediente diferente, trabalhando em escalas de trabalho separadas, os integrantes da Seleção tiveram que alterar parte da rotina para atender aos protocolos de controle da pandemia.

"São adaptações, tanto para os jogadores, jogando sem o público, que também é estranho, tanto para nós, na dinâmica de trabalho. Desde a parada, até o retorno, ainda antes do futebol. Agora com as competições voltando, a gente tem uma dinâmica de trabalho de dias, separa até por orientação do Presidente Rogério, do Marco (Dalpozzo, diretor de RH), todos os cuidados que a gente está tomando. Não é uma situação com a qual estávamos acostumados, mas a gente tem que se adaptar", declarou Juninho.

(CBF)