O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho virou réu em uma ação civil coletiva que pede R$ 300 milhões por danos morais e materiais por causa de sua ligação com a empresa 18k Ronaldinho. Desde o ano passado, a firma tem bloqueado o dinheiro de clientes que investiram em suas atividades
A ação coletiva está sendo movida pelo Ibedec (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo) de Goiás, que diz ter identificado 150 pessoas lesadas pelo bloqueio das contas da 18k. De acordo com o Ibedec, as vítimas moram em vários estados brasileiros e em países como Estados Unidos, Portugal e Itália. O valor estipulado na ação foi calculado com base nos supostos prejuízos das vítimas, mas o pedido ainda será apreciado pela Justiça. Além de Ronaldinho e da empresa que leva seu nome, aparecem como réus da ação os diretores e colaboradores Marcelo Lara Marcelino, Bruno Rodrigues Alcântara, Raphael Horácio Nunes de Oliveira e Athos Trajano da Silva, que costumavam arregimentar clientes em reuniões pelo Brasil.
No ano passado, o UOL Esporte foi o primeiro veículo a noticiar as atividades da empresa, que dizia fazer marketing multinível e prometia rendimentos de até 2% ao dia, além de prêmios como um Porsche Panamera para quem comprasse pacotes que iam de US$ 30 a US$ 12 mil (aproximadamente, de R$ 130 a R$ 52 mil). A promessa era auferir rendimento de operações na criptomoeda Bitcoin. Em outubro, após uma reportagem revelar que o Ministério Público Federal investigava a 18k por suspeita de ser uma pirâmide financeira, prática considerada crime contra a economia popular, Ronaldinho anunciou seu desligamento e passou a se dizer vítima da empresa. Logo depois, os clientes começaram a não conseguir mais retirar o dinheiro investido na plataforma on-line. Uma das vítimas listadas na ação é o youtuber Johnny Helder, que tem um canal com dicas de investimento. Ele afirma ter investido cerca de R$ 200 mil. Quando publicou vídeo criticando as atividades da empresa, teve sua conta bloqueada.
Fonte Uol