A seleção brasileira sub-23 ficou mais perto da vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio, na noite desta terça-feira, ao assegurar sua vaga no quadrangular final do Pré-Olímpico, disputado na Colômbia. Em jogo que parecia fácil, mas se tornou complicado no segundo tempo, na cidade de Armenia, o time brasileiro derrotou a Bolívia por 5 a 3. A seleção chegou a liderar o placar por 4 a 1, antes de sofrer dois gols seguidos por falhas na defesa.
A partida acabou tendo dois tempos bem distintos. No primeiro, o Brasil marcou três vezes, com facilidade, e parecia encaminhar o triunfo. Mas, na etapa final, acumulou erros na defesa e tomou dois gols em sequência, quase colocando a perder a boa vantagem construída ao longo de 60 minutos.
O triunfo levou o time nacional aos nove pontos, na liderança do Grupo B. Com apenas três pontos, a equipe boliviana é a última colocada da chave, com chances remotas de classificação.
Para o duelo desta terça, o técnico André Jardine precisou fazer uma mudança de última hora no ataque. Pedrinho deixou a equipe ao reclamar de um desconforto na coxa esquerda. Reinier, agora do Real Madrid, foi o seu substituto.
A alteração não amenizou o poder de fogo do ataque brasileiro. O time de Jardine abriu o placar logo aos dois minutos, em cruzamento de Paulinho para gol de Antony. Em seguida, aos 10, Matheus Cunha desperdiçou grande chance. Mas, aos 15, o mesmo não decepcionou, após passe de Reinier. O autor do gol, contudo, estava em posição de impedimento, não registrada pela arbitragem.
A facilidade no ataque, porém, não escondia os desequilíbrios da defesa. A Bolívia, que já havia colocado uma bola no pé da trave aos 5 minutos, diminuiu aos 20. A zaga brasileira vacilou e Ábrego surgiu praticamente sem marcação para finalizar da entrada da área e descontar.
O susto foi superado pelo Brasil aos 38. Diante da fraca marcação boliviana, o lateral Guga surgiu adiantado pela direita com tranquilidade e teve tempo de pensar bem antes de encher o pé e finalizar para o gol.
Com a vantagem no placar, a seleção voltou mais solta para a etapa final. E não teve problemas para ampliar aos 15 minutos. Em rápido contra-ataque, a bola sobrou para Reinier, que bateu cruzado e rasteiro para anotar o quarto gol brasileiro.
Mas, como aconteceu no primeiro tempo, a efetividade do ataque não escondia as fragilidades da defesa, principalmente quanto ao rendimento de Robson Bambu, abaixo da média. Assim, a Bolívia anotou seu segundo gol, novamente com Ábrego, que encontrou bom espaço na entrada da área para balançar as redes aos 25.
E buscou o terceiro gol aos 33 minutos, em novo vacilo brasileiro. Guga falhou na marcação dentro da área e o zagueiro Reyes escorou de cabeça, após cruzamento da direita, direto para as redes.
Preocupado, André Jardine reforçou a defesa para evitar novos sustos. Sacou Reinier e colocou o zagueiro Bruno Fuchs em campo. Mais cauteloso, o Brasil administrou a agora pequena vantagem e até marcou o quinto gol, com Pepê, aos 49 minutos do segundo tempo.
A seleção voltará a campo na sexta-feira para enfrentar o Paraguai, pela última rodada desta fase de grupos. Com a vaga garantida no quadrangular, Jardine poderá até poupar titulares, de olho nos confrontos decisivos da fase final.
FICHA TÉCNICA:
BRASIL 5 x 3 BOLÍVIA
BRASIL - Ivan; Guga, Nino, Robson Bambu e Caio Henrique; Bruno Guimarães, Matheus Henrique e Reinier (Bruno Fuchs); Antony, Paulinho (Pepê) e Matheus Cunha (Igor Gomes). Técnico: André Jardine.
BOLÍVIA - Cordano; Quinteros, Carrasco, Reyes, Roberto Fernández; Villarroel (Franz González), Bustamante, Héctor Sánchez (John García); Vaca, Ábrego e Bruno Miranda (Saldías). Técnico: César Farias.
GOLS - Antony, aos 2, Matheus Cunha, aos 15, Ábrego, aos 20, e Guga, aos 38 minutos do primeiro tempo. Reinier, aos 15, Ábrego, aos 25, Reyes, aos 33, e Pepê, aos 49 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Matheus Cunha, Ábrego, Roberto Fernández, Ivan, Guga.
CARTÃO VERMELHO - Vaca.
ÁRBITRO - Facundo Tello (Argentina).
RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.
LOCAL - Estádio Centenário de Armenia, em Armênia, na Colômbia.