O brasileiro Thomaz Matera conquistou um feito inédito para a sua carreira no esporte adaptado ao faturar o ouro na prova dos 100 metros borboleta na categoria S12 do Mundial Paralímpico de Natação, nesta segunda-feira, na Piscina Olímpica Francisco Marquez, na Cidade do México, que vive o seu terceiro dia de disputas da competição.
Campeão do mundo pela primeira vez, o carioca de 28 anos de idade havia sido o sexto colocado desta mesma prova, cuja classe enquadra deficientes visuais, em uma final realizada na Paralimpíada do Rio, no ano passado. Agora, porém, ele triunfou em uma disputa que contou com a presença de apenas quatro nadadores.
Matera garantiu o ouro ao terminar a prova em 59s42 e ser mais de meio segundo mais rápido do que o grego Chara Taiganidis, medalhista de prata com o tempo de 1min00s49. O pódio foi completado pelo bielo-russo Maskim Mashkevic, com 1min03s46. E, como eram apenas quatro competidores nesta final, o único que ficou fora do pódio foi o estoniano Kaimar Kaldma, com 1min16s46.
O brasileiro, que teve retinose pigmentar e foi buscar a prática do esporte paralímpico de alto rendimento após a sua visão piorar de forma gradativa, comemorou o fato de também assegurar uma experiência inédita, que é subir no topo do pódio de um Mundial. "Vou ouvir o hino brasileiro, vai ser o máximo. Já caiu a ficha de que agora eu sou campeão mundial", festejou.
Já ao comentar o fato de que faturou o ouro depois de ter conseguido disputar uma final olímpica desta prova no ano passado, Matera destacou que aquela classificação serviu como "motivação para continuar" na busca por feitos maiores na sequência de sua carreira. "O Mundial era a maior competição que eu teria pela frente depois da Olimpíada e, até para eu poder estar aqui, eu tive de conquistar resultados durante o ano. Então, não foi só aqui que eu fui exigido", completou, para em seguida lembrar que essa marca de 59s42 foi o seu melhor tempo em 2017.