Mesmo que não conquiste o inédito título do Campeonato Paranaense neste domingo do Páscoa, dia 21 de abril, o Toledo já fez história nesta competição. O fato é que contrariou todas as perspectivas, se tornou o time do ‘improvável’ como aparece no título desta reportagem. Eu duvido muito que alguém apontou o time de Agenor Piccinin como favorito ao título entre os doze participantes do torneio. O Porco não era apontado nem mesmo como finalista da competição. Muito pelo contrário. Era colocado na lista dos candidatos à queda para a segunda divisão.
Contra tudo e contra o todos, o Toledo é finalista do Campeonato Paranaense de 2019. Ao vencer o primeiro turno recolocou o futebol do interior na decisão do Estadual, algo que não acontecia desde 2015. E agora, o Porco pode repetir o feito do Operário de Ponta Grossa, o último time do interior a vencer o Campeonato Paranaense. Para isso, basta não sofrer gols no jogo deste domingo (21) contra o Athletico-PR, às 16 horas, em Curitiba. O Toledo tem a vantagem do empate em virtude da vitória por 1 a 0 no domingo passado, com o resultado positivo sendo construído nos acréscimos. Essa foi uma demonstração clara da superação do Toledo ao longo do campeonato. O Porco do improvável apareceu em outras ocasiões.
Na última rodada do primeiro turno, o time de Agenor Piccinin veio ao Estádio Olímpico para o ‘Clássico da Soja’ contra o Cascavel Clube Recreativo (CCR). O time venceu por 2 a 1 naquela que foi apenas a segunda vitória na competição com um gol no fim do jogo. Este resultado classificou o time em primeiro lugar no Grupo A e deu a vantagem de fazer a semifinal do turno em casa. O adversário foi o Operário de Ponta Grossa que foi apontado como favorito pela forma que começou o Paranaense. O Toledo saiu na frente, sofreu o empate no fim, mas garantiu a vaga na final do primeiro turno nos pênaltis, tendo o goleiro André Luiz como herói.
A vitória colocou o time do oeste na final diante do Coritiba, novamente com o favoritismo do oponente. Depois de um empate em 1 a 1, André Luiz repetiu a atuação de ‘Hércules’ nos pênaltis e foi decisivo para ajudar o time a conquistar a Taça Barcímio Sicupira. O título do primeiro turno colocou o time na decisão, garantiu uma vaga na Série D do Brasileiro e na Copa do Brasil do ano que vem e deixou o time imune ao rebaixamento.
O segundo turno não foi bom, é verdade. Mas o Porco do improvável apareceu de novo. A proposta no primeiro jogo da final no domingo passado, no 14 de Dezembro, era segurar o ímpeto do jovem elenco do Athletico-PR, dono da melhor campanha do Estadual mesmo. Se segurou por 90 minutos. E a vitória veio nos acréscimos com um gol de Fandinho, o capitão da equipe, o jogador que levantou a taça do primeiro turno. “Temos que ter os pés no chão para buscar o título na Arena. Precisamos ter a mesma aplicação do primeiro jogo. A gente sabe da força deles na Arena da Baixada, tem a questão do gramado, que exige a nossa adaptação. Temos a vantagem mas não tem nada ganho. Temos consciência disso e a disputa da taça está em aberto ainda”, disse Fandinho.
O técnico Agenor Piccinin manteve o discurso de humildade para levar o Toledo ao título estadual. “A gente sabe que é muito difícil e que o Athletico tem um potencial muito grande. Temos que mostrar uma estratégia para segurar o adversário. Temos que buscar esse recurso para poder lutar de igual para igual lá. Pelo menos, no sentido de equilíbrio de marcação e ter um pode defensivo que possa fazer a diferença lá”, disse Agenor.