Esportes

O ‘quarteto fantástico’ da canoagem de Cascavel

16 jun 2020 às 19:45

O novo píer e as raias olímpicas que foram instaladas no Lago Municipal de Cascavel são as provas autênticas de que o município se tornou ainda mais importante para a canoagem brasileira. O lago será, de fato, o local de treinamento da Seleção Brasileira feminina de canoagem. Isso já estava consumado deste o início do ano e foi possível graças a uma parceria da Prefeitura com o Clube de Regatas Cascavel (CRC). Agora, o time verde e amarelo já tem data definida para começar a treinar: dia 15 de julho. É claro que este cronograma está suscetível a alterações em virtude da pandemia do coronavírus, que já retardou o início dos trabalhos da seleção.

O detalhe é que o time que irá treinar em Cascavel tem um ‘DNA’ cascavelense. Duas atletas do CRC receberam o comunicado da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) e foram convocadas para a Seleção. A primeira fase de treinamentos terá seis atletas, entre elas Luana Kamiya Marinho, de 17 anos, e Maria Eduarda Bertoncello Mufato, de 16 anos. As duas terão o privilégio de fazer parte da Seleção e treinar em casa. “Foi uma notícia maravilhosa. O maior privilégio, além de fazer parte da Seleção e representar o nosso país lá fora, é poder treinar em casa. Não precisa sair para outros estados, teremos esse conforto e apoio de amigos e familiares”, explicou Luana.

As duas atletas já dividem o Lago Municipal com Ana Paula Vergutz, que a atleta mais expoente da canoagem feminina brasileira, com participação na Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016 e na busca por uma vaga olímpica em Tóquio no ano que vem. Ela usou um discurso de incentivo para as novas canoístas da Seleção. “Quero falar para as atletas continuarem com esta determinação e irem em busca do sonho delas. Este é o primeiro passo. Acredito que outras conquistas virão”, disse.

Técnica

A Seleção terá uma cascavelense no comando. No mesmo ofício que colocou os nomes das duas canoístas na Seleção, consta o nome de Beatriz Renata Vergutz, irmã de Ana Paula, como técnica da equipe. Ela relata que já vinha se preparando para este desafio. “Eu fiquei muito feliz. É um reconhecimento de todo um trabalho. Já tem um tempo que a gente conversa sobre essa possibilidade com a Confederação. Eu fiz algumas formações e treinamentos. Tive um bom desempenho nesse sentido e para isso foi somado ainda o trabalho que eu já venho desenvolvendo no clube de acompanhamento técnico dos atletas”, explicou.

Base

Beatriz acrescentou ainda que o foco deste treinamento na Seleção é alicerçar a base. Por isso, as atletas mais jovens vão iniciar o trabalho no mês que vem. O objetivo é moldar estas canoístas visando os Jogos Olímpicos de 2024. “O objetivo da CBCa é 2024 mesmo. Vai ser um trabalho técnico mesmo, com muita qualidade, até porque a estrutura vai ser mais enxuta, dentro daquilo que hoje a gente vive em virtude da pandemia. Mas eu acredito que os frutos e a funcionalidade deste trabalho vão ser muito grandes”, projetou a técnica.