Esportes

Qual vai ser a reclamação de 2018?

18 jan 2018 às 18:17

Eu sei! O título deste artigo é muito provocativo, mas a intenção é boa, eu juro. O objetivo é motivar aqueles torcedores que nas últimas temporadas mais reclamaram do que foram ao Estádio do Café para acompanhar o Londrina Esporte Clube nos jogos do Campeonato Paranaense e Campeonato Brasileiro da Série B.

Justificativas para reclamar mais do que ir ao estádio? Vou listar algumas constantes:

- crise financeira do país, que de fato chegou firme, mas já está indo embora;

- o programa do sócio torcedor teria sido desvalorizado pela própria diretoria;

- os banheiros do Café (eventualmente) apresentam problemas e não têm condições de receber torcedor;

- chuva muita forte na hora/dia do jogo;

- reclamação da reclamação. Há quem diga que as críticas do gestor de futebol do LEC, Sérgio Malucelli, direcionadas aos torcedores também afastaram o público do estádio;

- já ouvi até relatos de que sistema de pontos corridos, como o da Série B, não atraem público;

Fato é que em 2013, o Londrina começou o ano sem divisão nacional, mas a boa campanha no Paranaense daquele ano, classificação para a Série D e a parceria com um patrocinador renderam um bom número na arquibancada. Em 2014, o título estadual e o acesso para a Série C do Brasileiro, com “mata mata”, ajudaram o clube a fechar o ano com uma boa média. Em 2015, situação parecida. O Tubarão chegou até a final da Série C do Brasileiro e garantiu o acesso para a segunda divisão nacional com boa presença da torcida alviceleste.

O problema começou, coincidentemente ou não, quando o clube voltou para um lugar que não ocupava depois de 11 temporadas. Veio 2016 e a tão sonhada Série B do Brasileiro, sem “mata mata”, e o resultado foi a análise de muitos: “não adianta estimular, torcedores de verdade são somente aqueles três mil de sempre…”.

Nada é tão ruim que não possa piorar. Veio 2017 e as eliminações para o modesto Gurupi (TO) na primeira fase da Copa do Brasil e para o time C do Atlético no Paranaense na semifinal do Paranaense desmotivaram o torcedor, mas o segundo semestre reservou a taça da Primeira Liga, competição que fez o Londrina lotar o Estádio do Café… somente na semifinal contra o Cruzeiro e no jogo do título contra o Atlético Mineiro.

Não consigo explicar como que um jogo da segunda divisão nacional pode levar menos de 500 pagantes. Contra o CRB, foram 495. E isso sem o Londrina estar na zona de rebaixamento, estava brigando para chegar perto do G4. Em outro momento, contra o Brasil de Pelotas, foram 625 pagantes. Resumindo. Dos 32 jogos que o LEC fez como mandante em 2017, sete tiveram menos de mil pagantes. Destes, três pelo Paranaense e quatro pela Série B, incluindo uma partida contra o rival aqui do estado, o Paraná Clube.

No fim de semana, a temporada começa para o Tubarão. Vai ser fora de casa, contra o Foz do Iguaçu, pela competição estadual. A estreia em casa vai ser na segunda rodada, na próxima quarta-feira. O Londrina recebe o Maringá, adversário da final do Paranaense de 2014. O ano de 2018 tem tudo para começar diferente para o Tubarão e para a torcida. Reforços conhecidos, técnico novo, primeiro jogo em casa com clássico regional. Que seja o estímulo para o Estádio do Café voltar a ter um público de encher os olhos. Ou será que neste ano a bola da vez para ficar no sofá é o IPTU?

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