A expressão ‘sangue nos olhos’ é forte, pesada. Porém, expressa o sentimento do Cascavel Futsal para o jogo de ida das quartas de final do Campeonato Paranaense da Chave Ouro. Primeiro, porque o time caiu de maneira precoce na Liga Nacional. Na semana passada, chegou a vencer o Jaraguá no tempo normal e recuperou a vantagem que tinha. Mas o time de Cassiano Klein foi derrotado pelos catarinenses no tempo normal. Desse modo, se despediu na fase de oitavas de final. O elenco precisa dar uma resposta para o torcedor e voltar a ser campeão da Chave Ouro passou a ser quase uma obrigação. O Cascavel Futsal não vence o Estadual desde 2012. São quase sete anos de jejum. E a Serpente Tricolor chegou na final da Chave Ouro pela última vez em 2014, quando perdeu a taça para o Guarapuava. Depois disso, o mais perto que chegou da decisão foi em 2017, quando alcançou a fase de semifinais.
Mas naquele ano, o Cascavel Futsal encontrou o Marreco de Francisco Beltrão e foi derrotado nos dois jogos e foi eliminado. No Estadual de 2018, novo duelo contra o Marreco, desta vez, nas quartas de final, e mais uma eliminação. A Serpente Tricolor foi derrotada em casa por 5 a 3 e empatou no jogo de volta em Francisco Beltrão.
Esse é o outro motivo que o Cascavel Futsal vai entrar em quadra com ‘o sangue nos olhos’ nas quartas de final da Chave Ouro de 2019. Quer acabar com a fama de ‘freguês’ do time beltronense. Marreco e Cascavel Futsal fazem a primeira partida desta fase do Estadual neste sábado (12), às 20h30, em Francisco Beltrão.
O primeiro desafio dos comandados de Cassiano Klein foi digerir a queda precoce na Liga Nacional. Até porque, exatamente uma semana depois, o Cascavel Futsal encara outro duelo de mata-mata pela frente. “Passamos a semana digerindo esse jogo em que fomos vencidos pelo Jaraguá. Claro que a gente esperava dar um passo a mais, mas a vida nos oferece novas oportunidades e isso é fantástico. Agora temos esse confronto duríssimo contra o time do Marreco. É uma equipe que vem, nos últimos anos, tentando chegar ao título do Campeonato Paranaense da Chave Ouro”, disse Klein, lembrando que o time de Francisco Beltrão foi finalista nas duas últimas edições do Estadual após eliminar o Cascavel Futsal nas fases anteriores.
Mata-mata
Uma situação preocupa Cassiano Klein: o formato dos mata-matas do Campeonato Paranaense da Chave Ouro é um pouco diferente dos mata-matas da Liga Nacional. No Estadual, não há a disputa da prorrogação em caso de dois resultados iguais. Se isso ocorrer (dois empates ou uma vitória para cada lado independente dos placares) a decisão irá para os pênaltis. Em tese, para o time que teve melhor desempenho na fase inicial fazer valer o fator casa na partida de volta, caso do Cascavel Futsal, não pode ser derrotado no jogo de ida. Por isso, o treinador quer a vitória em Francisco Beltrão para ter tranquilidade no jogo de volta marcado para o próximo sábado (19), no ginásio Elvira Menin, em Santa Tereza do Oeste. “Nós temos uma vantagem de fazer o segundo jogo do mata-mata em casa. Mas no regulamento do Campeonato Paranaense essa vantagem não tem tanta valia como na Liga Nacional. Então a nossa ideia é fazer uma final lá em Francisco Beltrão, é fazer um grande jogo lá, e trazer um resultado positivo para o jogo de volta”, disse.
Mais jogos
Foz Cataratas e Campo Mourão foram adversários nas oitavas de final da Liga Nacional. Na ocasião, o Campo Mourão levou a melhor e despachou o representante da fronteira. No jogo de ida, deu Foz com a vitória por 3 a 2. No jogo de volta, no domingo passado, o Campo Mourão venceu por 3 a 0 e garantiu a classificação com o empate em 1 a 1 no tempo normal. Esses confrontos aqueceram o duelo das quartas de final do Campeonato Paranaense da Chave Ouro. Foz Cataratas e Campo Mourão fazem o jogo de ida neste sábado (12), às 19 horas, no ginásio Costa Cavalcanti. No outro jogo deste sábado, o Pato Futsal visita o Dois Vizinhos, às 20h30. No jogo que abriu a fase de quartas de final, o Umuarama derrotou o Marechal por 3 a 1, na noite de quinta-feira, no ginásio Amário Vieira da Costa. Desse modo, o time do técnico Nei Victor joga pelo empate na partida de volta. O Marechal precisa vencer para levar a decisão para os pênaltis.